Interessante a matéria que a Folha de São Paulo deste domingo veiculou à página A19 - Ciência -, intitulada "Artimanhas inflam produção científica".
Sobre os malabarismos (a linha de apoio se refere a estratégias) que as revistas científicas fazem para "elevar artificialmente o impacto de seus trabalhos", aumentando, dessa forma, a classificação Qualis junto à Capes.
E enumera, em box, com alguma ironia, cinco caminhos possíveis para elevar o Fator de Impacto (FI) das publicações:
1 Produção salame: divida o resultado de um trabalho em vários, publicando vários artigos.
2 Clube da coautoria: coloque o nome dos colegas como coautores de seus artigos, e eles retribuirão.
3 Máfia da citação: se editar uma publicação, peça que os autores citem trabalhos da própria revista.
4 Celebridades: se for editor, convide (até pague) cientistas famosos para escrever resenhas para a sua publicação.
5 Auto-plágio: publique o mesmo artigo em várias revistas.
A matéria segue na linha da entrevista realizada com Marcelo Hermes-Lima, da UnB, veiculada esta semana no Jornal da Ciência, criticando a formação de doutores no Brasil. (Tomei conhecimento por meio de post de Marcos Palácios no Blog do GJol).
Parece-se, no entanto, que há um problema de algulação na matéria, em decorrência da forma como ela foi construída.
Explico: ao chamar a atenção, já na abertura, para a maneira que a Revista Brasileira de Farmacognosia encontrou para elevar seu Qualis, deixando a discussão em torno dos critérios de classificação da Capes em segundo plano, a impressão primeira é que os editores são maquiladores (ia escrever falcatruas, mas pegaria mal) em primeiro lugar, ficando a discussão a respeito dos critérios, como disse, em segundo plano.
Creio que faltou edição no texto de Sabine Righetti.
11 de jul. de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Segmentação ao extremo.
Postar um comentário