23 de jul. de 2010

Esqueleto na Lagoa Verde

Quando um livro se inicia com uma frase tipo "Inocência também pega", tem chance de ser bom.

Se esta frase, e as que lhe sucedem, forem assinadas por alguém do porte de Antonio Callado, esta probabilidade aumenta ainda mais.

Isso de forma que o tema - a vida e o sumiço do coronel inglês Percy Fawcett, de quem já falamos aqui - e o selo da editora (Coleção Jornalismo Literário, da Cia das Letras) não fazem mais que corroborar a sensação que se tinha desde a primeira frase.

Ou seja, que o livro é bom.


Trata-se, este Esqueleto na Lagoa Verde, na verdade, de uma segunda edição: a primeira se deu em 1953, um ano depois que Callado esteve na região do Xingu em viagem organizada pelos Diários Associados, de Assis Chateiuabriand.

A comitiva de Callado, que viajou pelo Correio da Manhã, partiu em busca do mítico coronel britânico Percy Harrison Fawcett, que em 1925 havia tentado encontrar no interior do Brasil uma fabulosa cidade perdida no sertão.

E nunca mais voltou.

Trata-se, o livro, de uma grande reportagem, que fala de obsessão, de um Brasil (ainda) pouco conhecido, de índios; sobretudo, de jornalismo.

Dizem as boas línguas que a experiência no Xingu serviu de inspiração para o romance Quarup, publicado por Callado em 1967, mas essa é outra história.

Leia por aqui um trecho do livro.

A ficha:
Páginas: 160
Formato: 14.00 x 21.00 cm
ISBN: 9788535916614
Coleção:Jornalismo Literário
Selo: Companhia das Letras

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