27 de dez. de 2011

14º FNPJ - convite oficial

Clique na imagem para visualizá-la melhor.

19 de dez. de 2011

O mais longo dos dias

Quem assiste O resgate do soldado Ryan, de Steven Spielberg, mesmo conhecendo muito pouco sobre o Dia D, quando centenas de milhares de soldados dos países que haviam se aliando na guerra contra as forças do eixo (Alemanha, Japão e Itália) invadiram a Normandia naquela que viria ser a batalha decisiva para o início do fim do nazismo na Europa, não deixa de se impressionar com a quantidade de gente que morre nas cenas iniciais.

Lembra? Uma câmara nervosa mostrava os soldados sendo literalmente destroçados por saraivadas de tiros e bombas as mais diversas ao desembarcar dos navios em praias francesas, deixando quem assistiu/assiste ao filme literalmente com os nervos em frangalhos (meu caso), haja vista o horror daqueles cenas.

O que boa parte dessas pessoas não sabe é que, horas antes de o tal desembarque ocorrer, a 6 de junho de 1944, 5 mil navios britânicos, carregando cerca de 200 mil soldados canadenses e norte-americanos, tiveram de voltar às suas bases para retomar o ataque mais tarde porque o tempo estava muito ruim.

E que, nessa ida-volta, boa parte deles vomitaram até o que não tinham em seus estômago, ficando literalmente mareados, sem condições sequer para vomitar novamente.

Muitos deles não tiveram sequer a chance de morrerem pelas balas dos nazistas: afogaram-se, ou foram atropelados/esmagados por acidentes ocorridos durante o desembarque.

Os que foram por ar logo após a meia-noite daquele dia não tiveram sorte melhor: fração considerável dos 24 mil paraquedistas jogados de aviões terra a dentro para combater pelo flanco o inimigo que guardava as praias normandas foram literalmente extraviados França a fora: foram parar sobre igrejas, dentro de casas, em cima de árvores, sobre os inimigos; muitas vezes abatidos como patos pelos nazistas.

Sem falar, claro, do que há de humano em uma guerra, quando soldados viram gente, recebem nomes e têm suas histórias pessoais reveladas.


Pois tudo isso, e muito mais, está nas pouco menos de 400 páginas que Cornelius Ryan escreveu em seu clássico O mais longo dos dias: o grande épico da II Grande Guerra (L&PM, 2008), e que acabo de devorar.

Se, de um lado, o relato é rico em termos de contar o que houve, e de fazer emergir o humano da guerra, sob outro ângulo senti um pouco de falta de saber como Ryan, e os demais correspondentes de guerra, trabalharam durante a invasão.

Aqui e ali temos algumas pista, é verdade, nas queria mais.

Que fique claro: isso não macula em nada o livro.

Leitura necessária, com certeza.

15 de dez. de 2011

Exceção 2011 também está pronta

Compartilho aqui a edição 2011 da revista-laboratório Exceção, produzida na disciplina de Jornalismo de Revista, que leciono no Curso de Comunicação da Unisc.

Toda bonita, toda prosa, já a partir da capa, que presta homenagem à mítica Realidade, tão cara ao nosso fazer jornalístico em revista ao longo deste semestre e de tantos outros mais.

O aspecto convergência, uma vez mais, foi trabalhado por meio da plataforma blogger, que nos permitiu vôos para além do papel durante o percurso. Acesse o blog da Exceção por aqui.

As versões anteriores você pode acessar por aqui.

Abaixo, a face em dígitos, via Issue.

Segundo Unicom do Semestre 2011-2

A segunda edição do jornal-laboratório Unicom, do Curso de Comunicação Social da Unisc, onde leciono, já está pronta.

Foi desenvolvido, desde a concepção até o produto final, pelos alunos da disciplina de Podução em Mídia Impressa, que leciono.

Paralelo ao jornal impresso, a moçada cuidou de estabelecer, ao longo do semestre, diálogos de natureza multimidiática e convergente por meio do Blog do Unicom.

Abaixo, em dígitos, via Issue, o Unicom.

13 de dez. de 2011

Uberlândia sediará 14º FNPJ

O FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo) promove de 27 a 30 de abril de 2012 o 14º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, que terá como tema “A Formação Superior como Elemento Constituinte e Legitimador do Campo do Jornalismo”. O evento será realizado na UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e tem como objetivos definir propostas para a melhoria permanente da formação dos jornalistas e constituir espaço de debate entre docentes, discentes e gestores de cursos da área.

A conferência de abertura, sobre o tema central, será realizada no dia 27 de abril, às 20 horas, pelo jornalista e professor Raul Osório Vargas, professor da Universidade de Antioquia (Colômbia) e membro da equipe que está implantando o mestrado em jornalismo na referida Universidade. No mesmo dia acontecem, às 13h30, o 7º Colóquio da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), que vai debater a autorregulamentação e a exposição de crianças e adolescentes à mídia, e às 16 horas o 10º Pré-Fórum Fenaj, que vai debater o mundo profissional dos jornalistas como conteúdo de ensino e pesquisa na universidade.

No sábado, 28 de abril, um dos destaques da programação será o 5º Encontro FNPJ de Coordenadores de Curso de Jornalismo, que terá como tema “Novas Diretrizes Nacionais dos Cursos de Jornalismo”. O debate será aberto a todos os participantes interessados no tema e terá a presença do relator da proposta de novas diretrizes no CNE (Conselho Nacional de Educação), Reynaldo Tavares, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

No período da tarde tem início o 10º Ciclo Nacional de Pesquisa em Ensino e Extensão em Jornalismo. O evento é voltado à apresentação de pesquisas e comunicação científica em seis áreas: Atividades de Extensão, Ensino de Ética e Teorias do Jornalismo, Pesquisa na Graduação, Produção Laboratorial – Eletrônicos, Produção Laboratorial – Impresso e Projetos Pedagógicos e Metodologias do Ensino.

No domingo, 29 de abril, acontecem os paineis “Panorama Regional do Ensino de Jornalismo no Brasil”, às 8 horas, “Condições do Trabalho Docente no Ensino Superior em Jornalismo”, às 9h45 e “Colóquio de Agências Experimentais de Comunicação e o Estado da Arte das Agências: Brasil e Mundo”, às 11h15.
Durante o encontro também será realizada a eleição da nova diretoria do FNPJ, que toma posse em Assembleia Geral Ordinária da entidade, no dia 29, às 18h30.

Confira a programação completa por aqui.

10 de dez. de 2011

Um dia feliz às vezes é muito raro

Talvez você não compreenda, mas hoje, ao final da tarde, no Parque da Gruta, aqui em Santa Cruz do Sul, havia uma luz diferente na tarde que se esvaia lentamente entre os ramos das árvores.

Eu e Pedro havíamos parado para descansar. Estávamos pedalando havia algum tempo e ele, mesmo sentado em sua cadeira de carona, estava cansado. Queria esticar as pernas. Tomar um pouco de água. Respirar, enfim.

Em um determinado momento, um macaco-prego desceu das árvores e chegou bem perto de onde estávamos.

Pela primeira vez na vida, entre Pedro e um animal selvagem não havia uma grade, nem uma placa dizendo o que deveria ser feito, apenas duas criaturas de mundos diferentes, sentindo-se.


Momentos depois, à beira de um riacho, deparei-me com o menino olhando fixo para a água corrente.

Lembrei-me dos dias distantes de minha infância, mas também que Pedro nunca havia sequer tocado em um riacho, rio ou mesmo lago: o mais perto disso foi a lâmina d'água de alguma praça, a piscina irritantemente azul de alguma casa ou clube.

O convite saiu de pronto:

- Filho, você quer molhar as mãos na água?

- Quero!

E assim foi: Pedro, três anos depois de ter nascido, por alguns momentos, sentiu em sua pele, pela primeira vez, a vida vertendo em fluxos, gelada, límpida, viva.


Há um verso de uma música, da qual gosto muito, acho que do Jota Quest, que diz mais ou menos assim: "Um dia feliz, às vezes é muito raro; viver é complicado, quero uma canção, fácil, extremamente fácil, pra você, eu e todo mundo cantarmos juntos".

Acho que é isso.

Volume 7 da BJR está publicado

O Vol.7 N.2 da Brazilian Journalism Research (BJR) já está publicado. Confira por aqui as versões em inglês e português.

Abaixo, a nova chamada de trabalhos.

Submissão de artigos: até 30 de março de 2012

Pareceres: até 15 de maio de 2012

Previsão de publicação: 30 de junho de 2012

Mídias digitais, convergência e prática jornalística: desafios e perspectivas

O advento e a introdução das mídias digitais trouxeram mudanças na organização e na dinâmica da sociedade, o que reflete, por exemplo, na sua estrutura sociotécnica-discursiva. As interações sociais ganham novas modalidades de produção de sentido. Entre as consequências das mídias digitais estão os diferentes processos que estas integram, o que se chamou convencionalmente de “convergência midiática”, bem como a emergência de uma cultura da convergência. Apreendido como o novo imperativo nas empresas de comunicação, uma estratégia de sobrevivência na crise do jornalismo, o termo convergência (de processos, linguagens, operações e plataformas) é apropriado como uma das grandes respostas às mudanças estruturais que incidem sobre a prática jornalística nos últimos anos.

As experiências multimídias têm requerido um aporte de recursos financeiros pelas empresas para a montagem de estações de trabalho integradas. Envolvem ainda mudanças na cultura organizacional dessas instituições, que ensaiam alterações de diferentes escalas em uma estrutura departamentalizada. Isso pode ser refletir em um aumento no número de atribuições dos jornalistas, com a concentração de processos como pesquisa, redação, edição, pesquisa por ilustrações, publicação e pós-publicação em um grupo restrito de profissionais. Ou nas exigências de se produzir um mesmo conteúdo para vários formatos midiáticos (impresso, TV, rádio, on-line). A lógica da convergência também resulta na produção de textos híbridos que combinem jornalismo, publicidade, serviços e entretenimento.

O objetivo do dossiê da BJR é promover o debate em torno das diferentes apropriações do termo “convergência” no jornalismo. Quais tipos de processos/práticas têm sido classificados como resultado da convergência midiática? O que reúne/distingue esses diferentes processos? Quais as condições de emissão de um discurso em torno da convergência? Como ele tem sido utilizado para promover mudanças nas redações, nas práticas jornalísticas e na estrutura das empresas de comunicação? Em que sentido o termo permite introduzir inovações nas redações jornalísticas ou ainda reforçar – sob outras condições – práticas sociodiscursivas já estabelecidas no jornalismo?

Os trabalhos submetidos devem abordar aspectos teóricos e estudos empíricos sobre a utilização das mídias digitais e a convergência e suas relações com as diferentes dimensões da prática jornalística.

Os artigos podem seguir estes eixos:

1. As relações entre a convergência e a economia das empresas de comunicação, incluindo os processos de concentração de operações, as tomadas de decisão em torno da diversificação de produtos e conteúdos midiáticos, bem como as alterações nas estruturas organizacionais.

2. Impactos da convergência na produção jornalística e na cultura profissional dos jornalistas, abarcando as rotinas produtivas, as interações com fontes, as formas de apuração, apresentação, construção, circulação e consumo do conteúdo jornalístico, formação e os modos de acesso ao mercado de trabalho, e as relações com os públicos e dos públicos com o jornalismo.

3. A criação de novos produtos convergentes. Nesse eixo, podem ser apresentados trabalhos que analisem a forma como a convergência resultou/tem sido utilizada para justificar mudanças no formato da notícia, bem como processos de hibridização do discurso jornalístico com outros gêneros textuais (publicidade, entretenimento etc.), a criação de conteúdos multimídia etc.

4. A convergência e dinâmicas de transformação do jornalismo, o que pode resultar em trabalhos sobre a apropriação desse termo nos discursos emitidos dentro e fora do meio profissional, como forma de justificar mudanças nas relações de trabalho, estratégias de sobrevivência à crise do jornalismo, bem como instrumentos de renovação/conservação dessa atividade.

Trabalhos que abordem outros eixos de análise que estejam de acordo com a temática do dossiê também podem ser submetidos.

Além do dossiê temático, os editores aceitarão artigos para a sessão Temas Livres.

Submissão

A Brazilian Journalism Research – BJR – é uma revista científica semestral publicada pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). A Associação se dedica à teoria e pesquisa em jornalismo (tanto trabalho teórico quanto empírico). O periódico tem uma versão em português desde o segundo semestre de 2008. Para outras informações sobre a SBPJor, visite o nosso site ( www.sbpjor.org.br).

Artigos:
Devem ser originais em inglês e em português. Os autores deverão enviar pelo sistema eletrônico da revista http://bjr.sbpjor.org.br e para o seguinte endereço eletrônico: bjreditor@gmail.com.

Após a submissão, os autores brasileiros se comprometem a enviar a versão em inglês do trabalho quinze dias após a comunicação do aceite, caso o artigo seja aprovado pelos pareceristas. Os autores estrangeiros também deverão enviar a versão do texto em português quinze dias após a comunicação do aceite, caso recebam parecer favorável para publicação do artigo na BJR.

Recomenda-se que trabalhos de doutorandos, mestrandos, e graduandos sejam submetidos em regime de coautoria com pesquisadores que tenham título de Doutor.

Cada artigo deve conter:

Em uma página separada escreva o título do artigo, o subtítulo, e o(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es), com sua atual afiliação acadêmica/profissional e seu atual endereço eletrônico;

Envie um resumo com no mínimo 130 e no máximo 150 palavras; e entre três (3) e cinco (5) palavras-chave;

Uma nota biográfica curta (até 5 linhas) também deve ser fornecida numa página separada;

Cada uma das duas versões do artigo (inglês e português) deve ser redigida em fonte Times New Roman, corpo 12, espaço entre linhas de 1,5 cm, conter de 20 mil a 35 mil caracteres (incluídos neste cálculo os espaços, as referências bibliográficas e as notas), com introdução e intertítulos em itálico, que não devem ser numerados, obedecendo a uma hierarquia clara de títulos e subtítulos que facilite a leitura;

Notas devem ser redigidas no final, antes das referências bibliográficas;

As referências e as notas devem ser citadas no texto com (AUTOR, data, e página);

Tabelas, figuras, fotos e ilustrações devem ter uma boa qualidade, serem numeradas sequencialmente por categoria e claramente identificadas (Exemplos: Figura 1, Figura 2; Tabela 1, Tabela 2 etc.);

Uma secção de referências em ordem alfabética deve seguir o texto; use o estilo ABNT.

Permissões de direitos de autor: os autores são responsáveis pela obtenção de permissões de direitos de autor para reproduzir qualquer cotação, ilustração ou fotografia publicadas anteriormente em outro local.

Resenha de livros: a revista inclui uma secção de resenhas de livros sobre jornalismo e áreas afins com até 1.000 palavras. Favor enviar comentários sobre livros para Célia Ladeira (cmmota@terra.com.br).

Informações adicionais: visite os websites da SBPJor www.sbpjor.org.br e da Brazilian Journalism Research http://bjr.sbpjor.org.br ou entre em contato com Kenia Maia, Editora Executiva (bjreditor@gmail.com).

Orientações detalhadas para os autores seguem em Anexo no documento “Tutorial para Autores - modelo de formatação de artigos a serem submetidos à BJR em português e em Inglês”, também disponível no sistema.

8 de dez. de 2011

Uma galerinha de muito talento

Sabe festa de Natal na escola do filho?

Aquele tipo de evento que os pais ficam babando de faceiros e os filhos restam tontos de tanto flash, beijo e abraço?

E, pois.

A nossa ocorreu ontem, na escola do Pedro, e se chamou a "A magia do Natal".

E foi linda!

Deixa de resmungar, lembra que é Natal (oh! oh! oh!) e relaxa: são pouco mais de dois minutinhos.

Até porque, vamos combinar, a galerinha mandou muuuuuuuuuuuuito bem.

A performance, acho, chama-se "Eu adoro a noite de Natal".

Diário de um correspondente internacional

Guerras e tormentas: diário de um correspondente internacional (Besourobox, 2011) é leitura necessária principalmente para quem leciona/pesquisa/estuda jornalismo especializado, e, nele, jornalismo internacional, mas, também, para técnicas de reportagem.

Para quem se interessa por jornalismo, enfim.


O que temos aqui, como o nome e a linha de apoio sugerem, são relatos de natureza interpretativa das coberturas que o repórter de Zero Hora Rodrigo Lopes tem realizado ao longo de sua carreira, seja no Vietnã de 2004; na Beirute de 2006, ou ao grande terremoto do Haiti em 2010, para ficarmos em três.

Ou seja, narrativas em que se observa, de um lado, a preocupação de registrar o que é ser repórter em situações muitas vezes adversas, outras vezes nem tanto, mas, também, de contextualizar, explicar, o momento em que se está inserido.

Por este viés, o outrora tenso Vietnan, e, nele, cidades como Ho Chi Minh - antiga capital do Vietnã do Sul -, emergem não como palco de disputas sangrentas, mas como locais onde convivem, de um lado, regimes fechados, enquanto que, de outro, uma preferência explícita por cartões Visa e refrigerantes Pepsi.

A guerra em Beirute, por sua vez, "tem cheiro, cor e gosto". Ali, bem diferente do cenário vietnamita, Rodrigo Lopes não é um convidado, e só é bem recebido quando sua presença interessa a um dos lados, neste caso Israel em sua propaganda de guerra.

No Líbano a situação é bem diferente, em especial para quem, como ele, vem de Israel: a guerra era entre os dois países, e cruzar fronteiras expunha repórteres a todos os riscos, em especial o de ser confundido com o inimigo.

Do Haiti, por fim, apreende-se, com o relato de Rodrigo Lopes, que, mesmo sendo escoltado por soldados da ONU convenientemente armados, o risco não deixa de existir. E este risco não é apenas físico: é moral também, à medida que, a maior parte do tempo, o jornalista tem de conviver com seres humanos literamente imersos na miséria. Não dez ou doze pessoa, mas um país inteiro.

São apenas exemplos do que achei.

Trata-se, sobretudo, de um livro importante, enfim, como disse, porque, nele, Rodrigo Lopes faz o que poucos de nós fizemos/fazemos quando nas redações: escrever sobre nossas experiências, registrar conhecimentos, permitir que se aprenda com o que apreendemos acertando e errando.

4 de dez. de 2011

Carta do FNPJ sobre a PEC 33/2009

Segue abaixo, na íntegra, a carta do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ) sobre a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 33/2009) em primeiro turno no Senado.

Aprovação da PEC 33/2009 no Senado fortalece luta pela formação jornalística

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 33/2009) em primeiro turno no Senado, no dia 30 de novembro, foi um importante passo em defesa da formação jornalística, a qual tem sido a base da atuação do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ).

A direção do FNPJ defende a formação jornalística para o exercício da profissão por acreditar que é nos cursos superiores de Jornalismo que o indivíduo se legitima como profissional, à medida que é nesse ambiente que reflete sobre a profissão em toda sua complexidade, seja por leituras, debates ou aplicação experimental de teorias na prática jornalística.

É também por isso que o Fórum de Professores aposta que a formação universitária permite ao estudante de Jornalismo, por meio de atividades laboratoriais, projetos experimentais e participação em pesquisas acadêmico-científicas, vislumbrar possibilidades de atuação no mercado não restritas aos grandes grupos de mídia hegemônica deste país, grupos estes que insistem na defesa da não exigência do diploma universitário, mais preocupados em garantir seus interesses e privilégios particulares, que pouco refletem as demandas sociais e públicas de políticas de comunicação e produção cultural. Entendem-se, pois, os motivos por que tais grupos, embora minoritários neste debate, ainda tentam justificar o fim da exigência de formação acadêmica ao exercício do Jornalismo.

A direção do FNPJ entende, assim, que foi com esta mesma preocupação que votaram os 65 senadores favoráveis à PEC, proposta pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e relatada pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). A eles, o Fórum de Professores manifesta um agradecimento público. E, ao mesmo tempo, solicita atenção e apoio dos deputados federais que, em breve, devem apreciar a matéria na Câmara. É fundamental, neste momento, poder contar com mais adesões para fortalecer a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Diploma, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e criada pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM).

Esse amplo apoio é imprescindível para que os jornalistas, estudantes e professores de Jornalismo de todo o Brasil tenham condições de manter a luta pela excelência na formação profissional, compromisso público com um jornalismo de qualidade e capaz de contribuir para o acesso universal à cidadania.

A direção do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) continua, deste modo, integrando o Grupo de Trabalho coordenado pela Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) e demais entidades parceiras.

FNPJ - Gestão Em Defesa da Formação Jornalística (2010-2012)

Brasília/DF, 5 de Dezembro de 2011.

Quem disse que mosca não é gente?

Matéria do UOL afirma que moscas têm lembranças, emoções, sentimentos e, por que não, caráter.

Ou seja, que há algo de humano nas moscas.

Bom acordar no domingo com uma variedade diferente de culpa.

2 de dez. de 2011

Diploma: nota oficial da Fenaj

Segue abaixo a nota oficial da Fenaj em relação à questão do diploma:

A aprovação da PEC do Diploma no Senado
é uma vitória dos jornalistas e da sociedade brasileira

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), os Sindicatos de Jornalistas e os jornalistas brasileiros saúdam o Congresso Nacional pela votação, ocorrida no dia 30 de novembro, no Senado, da PEC 33/2009, que restabelece a obrigatoriedade da formação de nível superior específica para o exercício da profissão.

A FENAJ identifica neste ato soberano do Senado brasileiro uma identidade indiscutível entre o parlamento nacional e a opinião pública do país, que reconhece a importância do jornalismo e da profissão de jornalista.

Em favor do fortalecimento da profissão, da qualidade do jornalismo e da democracia, a FENAJ agradece o esforço da Mesa do Senado em conduzir a votação, que foi fruto da disposição de partidos, do acordo de líderes e da mobilização de parlamentares.

A FENAJ destaca a iniciativa do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) em propor a emenda constitucional e distingue o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), por seu relatório que encaminhou para esta decisão histórica, e os líderes dos partidos que compreenderam a necessidade do restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional.

A FENAJ agradece, ainda, a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Diploma, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e criada pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que aglutinou parlamentares -- deputados e senadores - e constituiu o ambiente para esse desenlace altamente positivo para a qualidade do jornalismo no Brasil.

A FENAJ identifica na mobilização dos jornalistas e na condução dos seus sindicatos a força que derrotou a tentativa conservadora e obscurantista de acabar com a profissão organizada e regulamentada. Esta articulação garantiu a vitória no Senado assentando, de vez, o fazer jornalístico numa profissão validada pelas instituições de ensino superior.

A FENAJ destaca, ainda, a participação dos professores, estudantes e cursos de jornalismo que aderiram a este movimento e possibilitaram a retomada da obrigatoriedade da formação universitária, algo que consideramos, sem dúvida, irreversível.

É preciso manter a mobilização para a votação do segundo turno no Senado e a continuação do processo na Câmara dos Deputados. A FENAJ, portanto, convoca seus sindicatos, os jornalistas brasileiros, as centrais sindicais e sindicatos parceiros, os cursos de jornalismo e todos aqueles que acreditam no conhecimento como forma de qualificação profissional, para um último esforço de mobilização, de forma a garantir um jornalismo de qualidade, assentado na pluralidade, na verdade e na ética profissional.

Brasília, 1º de dezembro de 2011.
Diretoria da FENAJ

1 de dez. de 2011

Lançamento coletivo no Café Intercom

Serão lançados, dia 10 de dezembro, conforme já anunciado neste blog, quatro livros produzidos por professores do Curso de Comunicação da Unisc, onde leciono.

Isso em meio a uma edição edição regional do Café Intercom, a partir das 10 horas, na Iluminura Livraria e Cafeteria.

Estarei autografando o Jornalismo digital: autonomia, convergência e colaboração (Edunisc, 2011), organizado em parceria com Walter Teixeira Júnior, da Casper Líbero.


O Café Intercom, ligado à Intercom, Sociedade de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, terá a promoção local do Curso de Comunicação Social da Unisc, Universidade de Santa Cruz do Sul, terá a presença do presidente da Intercom, professor Antônio Hohlfeldt.

Abaixo, um resumo dos livros a serem lançados:

O livro Pesquisa em Telejornalismo – resultados e experiências (Editora Feevale, 2011), organizado por Cárlida Emerim, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é focado em telejornalismo e conta com um artigo de autoria de Fabiana Piccinin e Ângela Felippi, docentes do curso de Comunicação Social e do PPG em Desenvolvimento Regional e em Letras, respectivamente, da Unisc, do professor Rogério Leandro Lima Silveira, da Geografia e do PPG em Desenvolvimento Regional, e da mestranda em Desenvolvimento Regional, Rozana Ellwanger.

Jornalismo digital: audiovisual, convergência e colaboração (Edunisc, 2011), organizado pelos professores Demétrio de Azeredo Soster (Unisc) e Walter Teixeira Júnior (Casper Líbero), é composto por artigos de 12 pesquisadores ligados à Rede de Pesquisa Aplicada em Jornalismo e Tecnologias Digitais (Jortec) e busca interligar os campos de conhecimento científico que envolvem o jornalismo e as tecnologias digitais conectadas.

Tecnologia para quê? (Armazém Digital, 2011), organizado por Mônica Pons e César Steffen, da Unisc, observa e debate as incidências e os impactos que as novas tecnologias de informação e comunicação adquirem ao integrar o cotidiano da sociedade, bem como e analisa os movimentos de convergência que têm ocorrido nas mídias por meio da utilização de novos dispositivos eletrônicos e a repercussão e desdobramentos desses processos na sociedade informacional.

César Steffen também lança a obra Midiocracia: as relações entre mídia e política redesenham as democracias contemporâneas (Armazém Digital, 2011). O livro analisa as relações entre os campos político e midiático, no sentido de observar quais impactos, novos desenhos e novos formatos a ascendência da mídia enquanto operadora e circuladora dos conteúdos e informações trazem novos desenhos à democracia.

Vejo vocês lá.

Senado diz sim ao diploma de jornalismo

News letter eletrônica da Fenaj informa que o Senado aprovou, ontem, por 65 votos favoráveis e 7 contrários, a PEC 33/2009, do Senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE)

O PEC 33/2009  restitui a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Trata-se de um primeiro, e importante, passo.

O próximo é a Câmara dos Deputados.


Leia a matéria na íntegra por aqui.