28 de set. de 2011

Uma galera de muito valor

A foto abaixo, realizada na solenidade de abertura da XVI Semana Acadêmica de Comunicação (XVI Seacom) da Unisc, dá uma dimensão mais clara do que quero dizer quando afirmo que comunicação é ofício que não se faz sozinho, e nem por acaso.

Escrevi sobre isso outro dia, lembra?, quando me referi aos prêmios que nosso jornal-laboratório, o Unicom, recebeu na mostra competitiva.


Pois a moçada da foto, em torno de 50 pessoas, integram as equipes que ganharam os 14 prêmios aqueles do 24º SET da PUC. Somados aos funcionários e mais os que não estavam no do retrato, esse número sobre para 60, talvez 70 pessoas.

Talvez mais.

Ou seja, uma galera de muito valor, que faz acontecer.

Parabéns a todos uma vez mais.

17 de set. de 2011

Um jornal-laboratório sete vezes premiado

Aos que, como eu, trabalham com jornalismo-laboratório em nível de graduação, sabem a importância que os prêmios têm para os produtos que desenvolvemos a cada novo semestre; processos nem sempre fáceis, por vezes tensos, permeados por dificuldades as mais diversas, sobretudo prazerosos e instrutivos sob muitos pontos de vista.

Escrevo isso pensando nos três prêmios que o jornal Unicom, do Curso de Comunicação Social da Unisc, recebeu esta semana, por ocasião do 24º SET da PUC, parte de um total de 14 distinções que curso em que trabalho e ajudo a coordenadar trouxe para casa, um recorde histórico em 16 anos de atividades.

O Unicom foi reconhecido com dois prêmios na categoria Projeto Gráfico Jornal  (7 Pecados e edição multitemática - empataram com eles mesmos!) e um terceiro na categoria  Publicação Impresa Jornal (7 Pecados).

Somados aos que têm recebido desde 2008, significa que o jornal-laboratório do Curso de Comunicação da Unisc foi premiado sete vezes até agora.

Não é pouca coisa.

Clique nas capas para ter acesso aos conteúdos e respectivos créditos das edições premiadas esta semama.

 

Significa que os alunos da disciplina de Produção em Mídia Impressa, que leciono na Unisc desde 2007, onde o Unicom é desenvolvido, fizeram jornais excepcionalmente bons, ao ponto de "paparem" três prêmios em uma única edição do SET?

Não tenho a menor dúvida disso, em particular porque, como disse, os jornais foram desenvolvidos na disciplina que leciono (sei, portanto, do que falo); o mesmo podendo ser dito em relação à participação de alunos das demais disciplinas e habilitações - técnicas de reportagem, opinativo, PP, RP etc. - que, a cada novo semestre, ajudam-no a dar forma e sentido ao Unicom, imprescindível e pelo que somos muito gratos.

Sim, tem tudo isso, mas também algo extremamente caro ao jornalismo, que se torna particularmente visível nessa edição tri-premiada: a idéia de que, em jornalismo, nada acontece por acaso, e nem de forma isolada.

O presente se constrói (também) no passado

Para compreendermos como o Unicom alcançou o patamar atual, é preciso retornarmos a 2007, quando da primeira versão do projeto gráfico atual.


Livre das exigências de produção em série (se não me engano, os cursos tinham de produzir seis edições por ano, para desespero de todos), professor e alunos, a partir das discussões realizadas em aula, puderem repensar todo o projeto gráfico e editorial de seu jornal, que serviu de base para as edições bissemestrais que surgiram desde então.

Como, infelizmente, não temos as edições em PDF, reproduzo o nome de quem fazia o Unicom por aqueles dias: Poliana Pasa (diagramação), as repórteres Carin Bräunig, Carina Weber, Daniela de Mello, Elstor Hansen, Felipe Faleiro, Mariane Selli, Poliana Pasa e Tiago Maurique.

O logo ficou aos cuidados de Samuel Heidemann, a capa foi de Giuseppe Fontanari e as ilustrações de Mariana Pelegrini, os três de PP.

Os primeiros prêmios

O Unicom viria a mudar novamente, e ganhar seus dois primeiros prêmios no SET da PUC no ano seguinte, em 2008, com as edições "Como você vê sua cidade"  (categoria projeto gráfico) e edição multitemática (categoria jornal impresso).

O projeto gráfico de então ficou aos cuidados de Gelson Santos Pereira.


Algumas edições depois, novo aprimoramento no projeto gráfico, dessa vez aos cuidados de Henrique Schrerer e Vanessa Kannenberg, e o Unicom novamente é premiado duas vezes no SET, agora em 2010, os dois prêmios - projeto gráfico e produto impresso-jornal - pela edição Hábitos.


Ou seja, trata-se de uma história recente, mas pontuada por muitos méritos e pelo trabalho de muitas e talentosas mãos, e que tem cultura, portanto.

São alunos que estão/estarão marcando a diferença para melhor no mercado de trabalho, e qualificando, também pelo que aprenderam com o Unicom, o jornalismo como um todo.

E isso, meus amigos, é bom demais.

16 de set. de 2011

Um curso digno de nota

Boa parte da moçada que está na foto aí de baixo (metade?) é composta por alunos do Curso de Comunicação da Unisc, onde leciono e do qual sou subcoordenador.

Trata-se do registro de um momento histórico para nosso Curso, à medida que, pela "primeira vez na história desse país", a Unisc literalmente papou 14 prêmios do 24º SET Universitário da PUC, uma das mais importantes mostras competitivas em nível de graduação do País.

Como se alcança um resultado assim tão bom?

Fundamentalmente a partir da garra e vontade de cada um dos alunos, mas também dos professores e funcionários que, por meio de seu trabalho, fazem o curso acontecer.

Então estamos todos de parabéns, uma vez mais.

A foto é de Maria Helela Sponchiado.


O vídeo abaixo dá uma idéia de como estava o clima durante da solenidade de encerramento do SET, dia 6 de setembro, na Famecos.


Abaixo, finalmente, os trabalhos premiados e suas respectivas categorias.

CATEGORIA : CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
TÍTULO: CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO PARA O CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DA UNISC
VENCEDOR: TAMARA AREND DE FREITAS
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA  CAMPANHA PUBLICITÁRIA
TÍTULO: CAMPANHA XIMANGO
VENCEDOR: WILIAM MARKUS CASTOLDI
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA  CINEMA E AUDIOVISUAL – DOCUMENTÁRIO
TÍTULO: (A) NORMAL
VENCEDOR: SIMONI CLAUDIA HELFER
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: CINEMA E AUDIOVISUAL – MUSICAL/VIDEOCLIPE
TÍTULO: VESANA – SE EU NÃO TE ENCONTRAR
VENCEDOR: DIEGO TAFAREL DE FREITAS
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ
DO SUL

CATEGORIA: JORNALISMO ON LINE- PROJETO MULTIMÍDIA
TÍTULO: TEMPOS NAZISTAS – A HISTÓRIA DO NAZISMO NO VALE DO RIO PARDO
VENCEDOR: RENAN SILVA DA SILVA
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
TÍTULO: CORRERIA- UMA CAMPANHA EM 8 HORAS
VENCEDOR: VANESSA BRITTO VIGHI
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: NO MÍDIA
TÍTULO: A GENTE AMA COMUNICAÇÃO
VENCEDOR: TAISSI ALESSANDRA CARDOSO DA SILVA
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: PROGRAMA ESPECIAL DE TELEVISÃO
TÍTULO: VAI ENCARAR?
VENCEDOR: SIMONI CLAUDIA HELFER
INSTITUIÇÃO:UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: PROJETO GRÁFICO – JORNAL (2 vencedores)
TÍTULO: UNICOM – 7 PECADOS
VENCEDOR: RENAN SILVA DA SILVA
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

TÍTULO: UNICOM – EDIÇÃO MULTITEMÁTICA
VENCEDOR: RENAN SILVA DA SILVA
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: PUBLICAÇÃO IMPRESSA – JORNAL
TÍTULO: UNICOM – 7 PECADOS
VENCEDOR: ANA CLAUDIA SEIBEL SCHUH
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: REPORTAGEM DE TV (2 vencedores)
TÍTULO: HIDROTERAPIA NA GESTAÇÃO
VENCEDOR: RAISA MACHADO
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

TÍTULO: O LANCHE DO INTERVALO
VENCEDOR: JÚLIO HENRIQUE ASSMANN DA LUZ
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

CATEGORIA: SITE/BLOG CORPOATIVO
TÍTULO: CUTE BIJU
VENCEDOR: MARÍLIA RODRIGUES NASCIMENTO
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

O local e o universal: uma bela sacada


Cliente: Polar
Agencia: Paim
Diretor de Criação: Rodrigo Pinto
Diretor: Luís Alberto Kid
Finalizacao: Felipe Klovan

7 de set. de 2011

Os últimos soldados da guerra fria

O mais recente livro de Fernando Morais, Os últimos soldados da guerra fria (Cia das Letras, 2011), segue na linha de Corações sujos e representa, igualmente, uma grande aula de jornalismo a começar pelo tema: uma rede de espionagem cubana infiltrada em Miami, nos Estados Unidos, quando o usual seria pensarmos em espiões da CIA infiltrados em Havana.

Por quê? Para evitar mais atentados contra Cuba, boa parte deles a bomba, cometidos por cubanos que fugiram para os Estados Unidos quando Fidel, Chê Guevara e sua turma tomaram o poder.

Ou seja, trata de uma visada singular, algo extremamente caro ao jornalismo, sobre um tema que tinha tudo para ser corriqueiro, o que, por si só, já mereceria a leitura.


Há de se falar da linguagem: a narrativa literária, que Morais adota para recontar uma parte da história que bem poucos de nós conhecíamos, empresta ao texto uma amplitude muito interessante, ao ponto de nos permitir duvidar de sua veracidade, apesar dos indexadores (autoria, categorização, explicitação no posfácio etc.), tamanha a riqueza de informações e versatilidade vocabular.

Mas um detalhe, não mais que algumas linhas ao final do livro, chama particular atenção sobre a obra: como Morais, que já havia escrito sobre Cuba, chegou ao tema.

Segundo o que ele mesmo afirma, tudo se iniciou a partir de uma notícia ouvida em uma rádio dos Estados Unidos, durante uma corrida de táxi, dando conta que espiões cubanos estavam sendo julgados por espionagem.

Quem é jornalista sabe o que estou querendo dizer.

Leia um trecho em PDF por aqui.