31 de mar. de 2010

Bate-papo Pilhado seleciona talentos

O semestre do Curso de Comunicação da Unisc, onde leciono, iniciou-se bombando.

A novidade, agora, é o lançamento da 2ª edição do projeto Bate-papo Pilhado, parceria entre o Curso e o Na Pilha!, suplemento jovem do jornal Folha do Mate.


A idéia é que os alunos da Comunicação resolvam, sozinhos, duas edições do Na Pilha! a partir de evento realizado em Venâncio Aires.

A coordenação do projeto pela Unisc fica por minha conta.

A temática, dessa vez, será "Sexo: que conversa é essa?", e será voltada a estudantes de 7ª série de escolas municipais, estaduais e particulares de Venâncio Aires, na região Centro do Estado.

(Semestre passado falamos sobre vocação profissional)

Quem for aluno do curso de Comunicação (jornal, PP, RP, Fotografia ou Produção em Mídia Audiovisual) da Unisc, portanto, e quiser participar, pode enviar um e-mail para mim respondendo à pergunta:

"Por que eu quero participar do bate-papo pilhado?".

O texto, de no máximo dez linhas, pode ser encaminhado de 5 a 9 de abril.

O Bate-papo pilhado está previsto para o dia 25 de maio.

Comunicação da Unisc discutirá startup

Na próxima quarta, dia 7, na Unisc, onde leciono, teremos uma palestra muito interessante, aos cuidados de meu amigo (e um dos primeiros alunos) Diego Remus.

Remus estará na sala 101 da Unisc a partir das 19h15 falando sobre startup, que, em bom português, quer dizer empresa iniciante. 


O termo ganhou o mundo e se refere a coisas tão comuns quanto uma padaria ou uma banda de rock emergentes, mas possui características especiais de produto, mercado e gestão que nem sempre sabemos tomar conta quando o assunto é cuidarmos de nosso próprio negócio.

Já a ligação de Remus, tecnicamente um empreendedor digital, com o "startup" é antiga.

Em 1999, ele começava a estudar jornalismo na Unisc enquanto outros quatro brasileiros lançavam o site Buscapé. Remus se formou, trabalhou em vários estados com jornalismo, marketing, eventos, consultoria e assessoria corporativa. O Buscapé conquistou clientes, funcionários, investidores, concorrentes, países.

Hoje, Remus é juiz em competições internacionais de negócios, tomou café com a diretoria do Google e água com o dono do Facebook, mas é free lancer e ainda paga financiamento estudantil. Os quatro brasileiros do Buscapé continuam fazendo a mesma coisa de antes, mas acabaram de vender a empresa de seus sonhos por 342 milhões de dólares.

Mesmo com essas diferenças, Diego, os fundadores do site Buscapé e outros 2,8 milhões de brasileiros compartilham as mesmas alegrias e tristezas por fazerem parte do maior movimento empreendedor do mundo (aquele que fez a The Economist dizer na capa de 12 de novembro que "O Brasil decolou").

Diego Remus já foi aluno da Unisc, repórter, editor de informática, colunista de desenvolvimento sustentado, editor-chefe de uma revista estadual e uma nacional, editor-chefe de um site binacional, coordenador de marketing, consultor corporativo de gestão de conhecimento e processos de negócio, roteirista de jogos virtuais sociais, organizador de eventos, gerente de relacionamento em mídias digitais sociais, juíz de competições internacionais de negócios e palestrante.

29 de mar. de 2010

Novo Focas do Q? já possui equipe

Acabamos de divulgar a lista dos alunos selecionados à 5ª edição do projeto Focas do Q?, uma iniciativa bem bacana entre o Curso de Comunicação da Unisc e o jornal Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul.


A idéia é a seguinte: pelo período aproximado de um mês, os 15 alunos de jornalismo, publicidade, produção em mídia audio-visual, fotografia e relações públicas selecionados terão de resolver sozinhos uma edição inteira do Q?, suplemento jovem da Gazeta do Sul.

Significa pensar (e realizar) textos, mas também fotos, áudio, vídeo etc.

Os escolhidos: Ana Cláudia Schuh, Bruna Travi, Carine da Silva, Emilin Grings da Silva, Giovani Blank, João Cleber Caramez, Juliana Spalimbergo, Laura Gomes da Silva, Marília Rodrigues Nascimento, Renan Silva, Samara Kalisne, Taissi Alessandra, Tamires Waechter, Vanessa Costa Oliveira e Yaundé Backes Narciso.

Os selecionados devem comparecer à Gazeta do Sul às 17 horas do dia 8 de abril para a primeira reunião de trabalho.

27 de mar. de 2010

O dia em que voltamos em silêncio

Há muitos anos, quando eu ainda era uma criança, um professor de matemática de quem gostávamos muito (ensinou-nos, entre outros, que disciplina e liberdade não eram incompatíveis) subitamente se virou para a turma e disse:

- Vocês sabem qual o cúmulo do egoismo?

Claro que não sabíamos.

- O cara bater uma punheta, colocar o esperma na mão e dizer a seu pai: "Toma. Não te devo mais nada".

Naquele dia voltamos para casa em silêncio.

Por que alguns caras têm de morrer?

26 de mar. de 2010

Um poema

inspirado em valores que não fui
vontades que não tive
verdades que não vi

levanto o corpo do chão
caminho até a cozinha
demoro-me junto à janela da sala

apanho uma fruta no refrigerador
mastigo a tarde em pequenas
partes

por alguns instantes penso
que tudo teria sido diferente
se fosse

24 de mar. de 2010

Mesa discutirá metamorfoses em Caxias

Já se encontram disponíveis no site da Intercom a programação do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que este ano se realiza em Caxias do Sul, na Serra gaúcha,de 2 a 6 de setembro, e terá como tema “Comunicação, Cultura e Juventude”.

Estarei coordenando, dia 6 de setembro, mesa na Libercom, cujo tema será Metamorfoses jornalísticas.


A mesa, cujo objetivo é discutir as complexificações que se estabelecem no jornalismo no cenário atual, de profunda imersão tecnológica da sociedade, será composta por Carlos d'Andréa (UFV), Fabiana Piccinin (UNISC), Fernando Firmino da Silva (UEPB/UFBA), Nelia Del Bianco (UNB)

Os autores integram o livro Metamorfoses jornalísticas 2: a reconfiguração na forma (Edunisc, 2009), organizada por mim e por Fernando Firmino da Silva.

Nos encontraremos em Caxias do Sul.

23 de mar. de 2010

Uma (bela) sacada chamada Bookess

Diego Remus, amigo e um de meus primeiros alunos da Unisc, está dizendo a que veio, e bem.

Vejam (trecho do) e-mail que recebi dele, a partir da constatação que uso principalmente PDFs neste blog para disponibilizar livros:

"ao invés de hospedar em um site e fazer os leitores baixarem novamente,
que tal subir os livros para um visualizador online onde as pessoas podem simplesmente... folhear... e embedar em outros sites... e baixar se vc deixar.... inclusive em celulares.. ou no Kindle... gratuitamente ou, se vc quiser, pagando?

isso acontece na Bookess.com

um piá de 18 anos do interior do RJ, que inventou nas horas livres, conquistou investidores-anjo (capital semente + gestão) e incubadora em Floripa, apareceu na Época Negócios ao lado do Romero (do Buscapé), foi avaliado como um dos 10 melhores serviços de ebooks do mundo (pela CEO World) e uma das startups a se ficar de olho em 2010 (júri de especialistas da ResultsOn)

em outras palavras, é um SlideShare brasileiro focado não em slides com imagens, mas em páginas com texto. um dispositivo e uma rede social (de leitura).

exemplo: http://www.bookess.com/profile/diegoremus/"

Uma mostra do que Diego nos promete, por meio do Bookess.com, é o seguinte:


Legal, não?

Entra lá. Confere: http://www.bookess.com/

19 de mar. de 2010

Relatos de uma paixão

Penso que nós, jornalistas com algum tempo de estrada, temos o compromisso de deixar registradas nossas experiências, em especial aquelas que, de uma forma ou outra, dizem respeito à profissão como um todo.

Quando isso acontece, quando a memória se perpetua, à revelia do suporte que usamos, o jornalismo se qualifica mais e as novas gerações podem aprender também com a vivência de quem veio antes e para além das conversas de bar, das salas de aula e das redações.

Digo isso porque, preparando a disciplina de Jornalismo Especializado, que leciono na Unisc, deparei-me, há algumas semanas, com o livro Jornalismo esportivo: relatos de uma paixão (Saraiva, 2009), de Carlos Unzette.

Mesmo que se trate de um texto para, digamos assim, focas, estamos falando de um relato generoso sobre o que é ser setorista de jornalismo esportivo em seus mais diversos aspectos.

Mas o que eu mais gostei da leitura é que, para além dos relatos, ao final de cada capítulo Unzette retoma os principais tópicos daquela etapa e sugere exercícios práticos de assimilação.

A organização é de Magaly Prado.

Trabalharemos em aula, com certeza.

Pós em Edição inscreve até dia 23

Se você ainda não garantiu sua vaga, as inscrições para o curso de Pós-graduação Edição em Jornalismo, oferecido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), foram prorrogadas até dia 23 de março, terça-feira. Podem se matricular jornalistas graduados ou que estejam concluindo suas graduações em 2010. As aulas se iniciam dia 9 de abril e têm duração de três semestres, em um total de 360 horas/aula.

As disciplinas serão divididas em seis módulos, com aulas ministradas por profissionais de reconhecida competência acadêmica e profissional.

O conteúdo engloba jornalismo impresso (jornais, revistas e design de capas, principalmente), digital (webjornais, blogs, microblogs, infográficos), assessoria de imprensa; jornalismo popular; rádio; imagens (telejornalismo, fotojornalismo, documentários e especiais para a televisão), aspectos organizacionais (planejamento estratégico, aspectos jurídicos administrativos e éticos) e seminários temáticos.

O que se pretende, com o pós Edição em Jornalismo é oferecer aos alunos a compreensão teórico-conceitual do que representa a edição; em especial no que a função tem de viabilizadora do processo jornalístico como um todo.

Você pode acompanhar as informações também por meio do twitter.

Maiores informações pelo site do pós.

Ou, ainda, pelo telefone (51) 3717.7300.

Eis que um novo Unicom se avizinha

A foto aí debaixo, de Christofer Dalla Lana, é da moçada encarregada de dar vida ao Unicom, jornal-laboratório do curso de Comunicação da Unisc, neste semestre.

A idéia para esta primeira edição (serão duas) é trabalhar em cima da temática hábitos, ou seja, aquelas coisas que a gente faz rotineiramente muitas vezes sem nos darmos conta.

Hábitos com sinônimo de rotina, não de patologia (TOC, por exemplo) ou desvio de conduta (tipo furtar coisas das lojas).

A julgar pelos primeiros resultados, e apesar, da digamos assim, normalidade do grupo, tudo indica que teremos (mais) um belo Unicom nos próximos dias.

Na foto, Vanessa Kannenverg; eu, Patrícia Parreira, Marília Nascimento, João Caramez e Rose Martins. Sentado, fazendo às vezes de sei lá o quê, Pedro Garcia.

18 de mar. de 2010

Focas do Q? vai a Recife

O jornal Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul, publicou hoje, na página 4 da edição, matéria bem legal sobre o projeto Focas do Q?, parceria entre o curso de Comunicação da Unisc e o jornal Gazeta do Sul, por meio do suplemento jovem Q?.

A boa nova é que apresentarei o projeto na 13ª edição do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ). O evento, que reúne professores de jornalismo de todo o Brasil, realiza-se de 21 a 23 de abril, em Recife, Pernambuco.

O Focas do Q? é uma parceria muito legal entre o Curso de Comunicação da Unisc, onde leciono, e a moçada do Caderno Q?. Com essa, serão cinco edições em que os alunos, todos os semestres, encarregam-se de uma edição completa do Q?, desde a concepção até a realização do produto final.

A próxima edição deve ocorrer lá pelo final de abril.

Confira aqui a matéria que saiu na versão on-line da Gazeta.

16 de mar. de 2010

Décima edição do Diz Aí está pronta

A décima edição do jornal-mural Diz Aí, produzido pelos monitores e voluntários da Agência Experimental de Jornalismo da Unisc, acaba de ser distribuido nas salas de aula e murais da universidade.

O tema, claro, é volta às aulas.


Trabalharam na edição: Vanessa Kannenberg (diagramação), Vanessa Oliveira, Juliana Eichwald, Marília Nascimento e Luiz Bandeira.

O Diz Aí também possui um blog. Confira por aqui.

Anatomia de uma reportagem

Confesso que esperava um pouco mais desse livro, ainda que não muito.


Não que seja ruim: Anatomia da reportagem (Publifolha, 2008) é importante em especial para quem está dando os primeiros passos na sempre complicada tarefa de investigar empresas, governos e tribunais.

Basicamente porque suas páginas são permeadas por toques bem legais sobre o quê não podemos deixar de observar quando, por exemplo, tivermos de ler o balanço econômico de uma empresa.

O texto incomoda porque é apressado demais.

Vasconcelos, nele, cita caso atrás de caso; fala rapidamente de cada um e pula para o próximo, como se tivesse coisa melhor para fazer em outro lugar.

Ou seja, resume uma vida nas redações (desde 1967, na Manchete) em pouco mais de 150 magras páginas, com o perdão do adjetivo.

Mas, insisto, ainda assim vale dedicar duas ou três horas à leitura do livro.

Nem que seja para chegar ao seu final e encontrar o capítulo Notas sobre a reportagem investigava, preciosas em sua maioria.

14 de mar. de 2010

Focas do Q? será relatado no FNPJ

O domingo se encerra com uma bela nova.

Acabo de saber, por meio de e-mail encaminhado por Sandra de Deus, coordenadora do GP Atividades de Extensão do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), que o case "Focas do Q?, o jornalismo entre a academia e o mercado", será apresentado na 13ª edição do FNPJ.

O FNPJ se realiza entre os dias 21 e 23 de abril, em Recife, Pernambuco.

Trata-se de uma excelente notícia, em especial quando se avizinha a 5ª edição deste projeto tão bacana que desenvolvemos em parceria entre o curso de Comunicação da Unisc e o caderno Q?, suplemento jovem do jornal Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul, onde moro.

Sobre as novas mudanças do Estadão

De uma forma geral, gostei das novas mudanças de O Estado de S.Paulo, já comentadas neste blog.

A nova tipografia, a barra de destaques da capa, as colunas mais arejadas, a valorização das fotos e o maior destaque para os articulistas sem dúvida alguma ajudarão em muito a leitura do stander, ainda que, aqui e ali, note-se vacilos difíceis de compreender.

Refiro-me, por exemplo, ao fato de, na edição deste domingo, pelo menos três matérias de abertura se iniciarem, literalmente, no esquema linha de apoio, título e foto, para somente então chegarmos à matéria propriamente dita.

Isso ocorre, por exemplo, na página A4 - Nacional, e em outros momentos da edição referida.

Significa que você, leitor, terá duas opções:

a) entrará diretamente na foto e, dela, no texto, voltando, se quiser, ao título e à linha de apoio;

b) entrará pelo título, subirá à linha de apoio (está em cima do título), dará um salto mortal, sempre perigoso, sempre arriscado, em direção ao texto, e, somente então,voltará para a foto, legenda, créditos etc.

Penso que, neste caso, o mais prudente seria abrir a página com a foto; abaixo dela, linha de apoio, título, textos etc, como, aliás, é feito em outros momentos da edição (p. C-6).

Tirando isso, e considerando-se, na análise, os cadernos, ficou muito bom, ainda que nada sugira uma inovação radical.

Outra surpresa agradável, pelo menos em se tratando de O Estado de S. Paulo, foi encontrar, na edição, não uma, mas pelo menos três reportagens de fôlego (Pesca irregular na Amazônia, p. A-20; reportagem especial sobre o PAC do Campo, p.A-12 e uma de comportamento intitulada "Um mundo chamado metrô", na C-6, Cidades/Metrópole, esta diagramada de forma correta, ou seja, foto, título, linha de apoio etc.)

Um vídeo no site do Estadão explica com mais propriedade as mudanças. Por aqui.

Falando em site, confesso que gostei mais das mudanças neste que na versão impressa.

Mais que fazer o que, a essa altura do campeonato, imagine-se que todos devam fazer, ou seja, pensar em termos de convergência quando o assunto é jornalismo em internet, a leitura está mais organizada, mais clara, sem aquela exuberância (na verdade, poluição) de informações que usualmente caracterizam as faces digitais dos jornais.

Falarei sobre este aspecto em outro momento.

Por ora, vejam com com seus próprios olhos como ficou.

Seleção ao Focas do Q? se inicia terça

Na semana que entra, mais especificamente na terça, 16, e na próxima quinta-feira, 26, nos turnos da manhãe da noite, realizaremos o processo seletivo do projeto Focas do Q?/Unisc, agora em sua quinta edição.

Com isso, abrimos a temporada 2010/1 de jornais-laboratório dentro e fora da sala de aula.

Trata-se, o Focas do Q?, de um projeto que leva um grupo de alunos, todos os anos e pelo período de um mês, para dentro do jornal Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul.

A idéia é que o grupo resolva, nesse espaço de tempo, uma edição inteira do Caderno Q?, suplemento jovem da Gazeta do Sul; isso desde a pauta até o produto final, exercitando, em meio a um e outro ponto, todas as linguagens possíveis.

A seleção será na Agência Experimental de Jornalismo.

13 de mar. de 2010

Jornalismo sobre investigação

Eis um lançamento relevante quando o assunto é compreender o que se estabelece com os gêneros jornalísticos nos dias que se seguem, neste caso as reportagens ditas investigativas.

Ou seja, que requerem investigação para se estabelecerem como tal.


O que o jornalista Solano Nascimento nos oferece é mais que uma síntese, digamos assim, palatável de sua tese de doutorado, pela UnB, ainda que o seja.

Quer me parecer que o que está posto em Os novos escribas: o fenômeno do jornalismo sobre investigações no Brasil (Arquipélago, 2010), é que há mudanças em andamento no cenário jornalístico e que elas precisam de conceituação para serem compreendidas em sua extensão.

Refiro-me também, mas não apenas, à constatação, na pesquisa realizada por Solano, que o constructo "jornalismo sobre investigação" passa a dividir espaço na mesmo proporção com seu par "jornalismo investigativo".

No primeiro caso, trata-se do jornalismo que se estabelece a partir do que outros investigam, cada vez mais freqüente. No segundo, a partir do trabalho que os próprios jornalistas realizam.

Pesquisa de fôlego, realizada a partir da análise de conteúdo em edições das revistas Veja, IstoÉ e Época que circularam nos anos em que houve disputa eleitoral desde a abertura. Mas também de entrevistas com jornalistas de todo o país.

Sobretudo importante para dentro e fora das salas de pesquisa e aula.

E que me faz observar, uma vez mais, que o sistema midiático-comunicacionais, ao estabelecer relações com outros sistemas pelo viés da irritação, reconfigura seus próprios cenários comunicacionais, estabelecendo, nesse movimento, novas gramáticas operacionais, de natureza discursiva.

Mas essa já é outra pesquisa.

Leiam o livro.

No site da editora é possível ler o prólogo e trecho do primeiro capítulo via fullscreem.

12 de mar. de 2010

A quanto tempo você sente medo?

Muitos de vocês não sabem quem foi o cara da foto aí debaixo.


Talvez você ligue a pessoa ao nome por meio de tirinhas como essa daí:


O nome dele era Glauco Villas Boas, cartunista brasileiro. Dos bons.

Consta que ele e seu filho, Raoni, de 25 anos, foram assassinados a tiros essa madrugada em algum lugar desse Brasil.

Com eles, morremos todos um pouco mais.

A eles, e aos que, como você, não sabiam de nada, dedico este clipe do Paralamas.

Chama-se "O calibre", e, na minha opinião, tem tudo a ver.

11 de mar. de 2010

Jornalismo no início do século XXI

A quem interessar possa: acabo de ser informado, por meio do amigo e colega José Afonso Jr, que o número 11 da Revista Ícone, editada pelo PPG em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, está disponível.


Participo da edição por meio do texto A reconfiguração do jornalismo na primeira década do século XXI.

A temática geral desta edição é Jornalismo no Início do Século XXI, conforme explica o editorial:

"A primeira década do século XXI pode ser compreendida, para o jornalismo, como o momento de passagem situado entre dois pontos da história da mídia. O primeiro, são os desdobramentos e rupturas proporcionados pela esteira do surgimento da internet os anos 1990. O segundo, é a consolidação da complexa realidade que envolve as redes e cultura digital em torno de processos, dispositivos, produtos e sistemas querenortearam a paisagem da mídia em torno de algumas noções. Além de digital, o mundo da informação é convergente, múltiplo, em tempo real, multimídia e com acesso móvel.

Web 2.0, Twitter, Blogs, P2P, Wikipedia, MySpace, Facebook, Youtube, Orkut, Iphone, Wi-Fi, jornalismo participativo... Nenhuma dessas expressões existia no dia 1º. de janeiro de 2000. Mais que termos com inspiração geek, essas palavras materializam uma modificação na relação das pessoas com o mundo e como se conformam as articulações do que se acessa, do que se produz.

Em todos esses neologismos acima há intersecções possíveis com o jornalismo. Não esqueçamos que o jornalismo, desde que se interpenetrou com a concepção das sociedades modernas, dialoga com o cenário tecnológico de modo constante, em busca
de simbioses que potencializem a sua dinâmica. A ocorrência desses fenômenos propõe, para o campo dos estudos de jornalismo, a superação dos modo de análise voltado para a idéia de "transição entre" modelos fundamentados em bases de sistemas midiáticos precedentes. Cabe pensar a cadeia da notícia em um cenário onde ela já é digital, como aliás o são a realidade e a cultura que está no entorno.

Nesta edição da Ícone, o Núcleo Temático dedicado aos estudos sobre jornalismo no início do século XXI, organizado por José Afonso Junior e Alfredo Vizeu traz contribuições de vários autores de diversas regiões do Brasil e do exterior. Em comum, no trabalho dos autores, pode ser percebido que as reflexões sobre o estágio atual do jornalismo são pensadas na tríade: perspectiva/ retrospectiva/ expectativa.

Se a primeira década do século foi capaz de reposicionar aspectos importantes vinculados ao jornalismo, certamente o caráter dialógico existente entre sociedade, informação e tecnologias exige avaliar os horizontes onde se assentam as práticas que norteiam o conjunto dos elementos da profissão. É, portanto, uma tarefa contínua.

Neste núcleo temático, a Ícone propõe esse mergulho: olhar o problema menos pelo lado dos seus efeitos e resultados, e mais pelos processos que orientam a mudança da paisagem jornalística.

Na seção dedicada a temas livres, a publicação percorre temas consagrados na área de Comunicação como a imagem, o cinema, a fotografia, e a própria epistemologia do campo, agregando novos enfoques e objetos. Alguns desses trabalhos foram apresentados no I Integracomuni, congresso promovido pelo PPGCOM-UFPE em novembro de 2009, que agregou diversos pesquisadores de programas de pós-graduação da região Nordeste.

Desta forma, o PPGCOM e a Ícone têm promovido o intercâmbio acadêmico e científico em torno da pesquisa em comunicação, consolidando-se como um dos mais sólidos PPGs a área na região Nordeste. Da mesma forma, a nossa revista encerra o ano de 2009 com a convicção de sua substantiva qualificação, representada pelo alto nível dos textos publicados.

Esperamos, dessa forma, contribuir para o debate acadêmico não somente em esfera nacional, mas sobretudo rumo à internacionalização da área, demanda crescente de todos nós".

Por aqui, todos os textos e seus autores.

Unisc abre 2010 com cinema

O gaúcho radicado no Rio de Janeiro Tarcisio Lara Puiati será o palestrante da aula inaugural do curso de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O evento acontece em dois momentos, na noite de 16 de março (terça-feira) e na manhã do dia 17 (quarta-feira), para os cinco cursos da área de Comunicação - Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Relações Públicas, Produção em Mídia Audiovisual e Fotografia. As palestras são abertas à comunidade e gratuitas. Na terça à noite, acontece no Anfiteatro, a partir das 19h, e na quarta, na sala 101 do campus de Santa Cruz do Sul, às 8h30min.

O palestrante irá tratar da criação no audiovisual. Puiati, que é jornalista de formação, vai enfocar a roteirização e direção de produções na área. Em seu currículo está a realização de curtas como “O poço”, “Disparos” e “Homem-bomba”, a a série “Mulher Procura”, do canal GNT, e o documentário “A bença” da série DOCTV, da TV Cultura. Recentemente seu curta “Garoto de Aluguel” ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival Mix Brasil, em São Paulo.

A promoção é do curso de Comunicação Social e mais informações podem ser obtidas pelo fone (51) 3717-7383.

Por que não fazer igual, só que pior?

Cheguei ao vídeo abaixo por meio do twitter, via @andrelemos.

Divertidíssimo.

Sobretudo, didático.

Tipo assim: por que, mesmo podendo fazer diferente, você insiste em fazer igual, só que pior?



Original, né? Nem tanto.

Novamente por @andrelemos - "Todo jornalista copia o outro (esqueceram de dizer isso no video do CQC! ). Valeu Milton, Valeu Hector" - somos informados que idéia foi copiada (ou isso é uma adaptação?) de Charlie Brooker, by How To Report The News:

8 de mar. de 2010

Pesquisa enfoca jornalismo diversional

Já está disponível o blog Jornalismo & Literatura: interfaces e intersecções, do grupo de pesquisa que coordeno na Unisc que observa aproximações entre o jornalismo e a literatura.

O objetivo do projeto é abordar essas proximidades por meio da análise das narrativas que se enquadram na categoria jornalismo diversional, como os livros-reportagem e as biografias de natureza jornalística.

A idéia é estudar as apropriações que o jornalismo faz da literatura para construir este modelo de narrativa, bem com as gerações de sentido que se estabelecem a partir destes movimentos.

A pesquisa é feita em uma parceria entre os departamentos de Comunicação Social e Letras da Unisc.

Compõe o grupo também a professora Fabiana Piccinin e os alunos Pedro Picolli Garcia (voluntário) e Vanessa Kannenberg (monitora)

7 de mar. de 2010

Sobre algumas das mudanças em curso

Que o jornalismo está mudando, particularmente a partir do momento em que os primeiros jornais migraram para a web, em 1995, aqui no Brasil, não chega a ser uma novidade.

As mudanças se manifestam, grosso modo, de duas formas:

a) por meio do surgimento de novos dispositivos, caso dos sites, blogs e microblogs;

b) mas também pela reconfiguração dos tradicionais jornais e revistas impressos, rádios e televisões.

Some-se a esses o cinema e os livros no que eles têm de jornalístico e se verá, então, que o palco das mudanças é largo.

A internet exerce um papel central nessa mudança, à medida que seus nós e conexões, ao permitir, entre outros, mais vazão aos fluxos informativos entre os dispositivos (sempre existiram, mas agora estão mais rápidos, mais fluentes), dá forma ao sistema que chamo de midiático-comunicacional, formado pelos novos e "velhos" dispositivos.

Se, de um lado, as tais reconfigurações implicam, inclusive, perdas de leitores/audiência (há mais fatias no bolo, com o perdão da má figura), também provocam reações as mais diversas, todas elas interessantes.

Duas delas, envolvendo dois dos maiores jornais do país - a Folha (de quem já falamos aqui) e o Estado e de S. Paulo - estão em processo.

Tanto o da Folha, anunciado a 28 de fevereiro e previsto para maio, quanto o do Estado, que veio a público hoje e deve estrear domingo, 14, prometem páginas mais interessantes (novas fontes, valorização de imagens, mais análise etc.) e, no caso de O Estado, mudanças também no portal, em uma perspectiva convergente.

Observe-se que, em comum, as mudança acabam por aproximar ainda mais, em termos processuais, o que é da ordem dos átomos e dos dígitos.

Para quê?

Claro que para tentar evitar as sucessivas quedas em termos de circulação (hoje, na casa dos 300 mil para os dois jornais), mas também para equalizar estes dispositivos na lógica de funcionamento do sistema midiático-comunicacional.

Traduzindo para o português: no cenário descrito, sobreviverá, uma vez mais, os dispositos que melhor se adaptarem à lógica operacional do sistema em que se inserem.

E isso, sabemos; este adaptar-se, nem sempre é fácil.

Sobretudo, exige capacidade de transforção.

6 de mar. de 2010

El fin de los medios masivos

Leitura mais que necessária para quem se interessa antes por compreender as metamorfoses comunicacionais, jornalísticas ou não, que estão ocorrendo nos dias que se seguem do que a extinção dessa ou daquela forma é o livro El fin de los medios masivos: el comienzo de un debate (La Crujia, 2009).

Meu exemplar chegou há pouco, vindo da Argentina por meio do amigo e colega Jairo Ferreira, com direito a dedicatória e tudo, pelo que agradeço.

O texto é importante porque busca compreender as mudanças que estão em andamento no sistema midiático-comunicacional, as mesmas que complexificam lógicas operacionais e discursivas instituídas desde há muito em dispositivos como a televisão, o rádio e os impressos, mas também os livros e o cinema, para ficarmos em apenas alguns exemplos.

E instigante: sugere que o cenário atual, de profunda imersão tecnológica, não apenas mantém os meios dito "masivos" como faz com que novos formatos surgem nesse cenário.

É nessa direção, por sinal, que caminham os livros Metamorfoses jornalísticas: formas, processos e sistemas (Edunisc, 2007) e Metamorfoses jornalísticas 2: a reconfiguração da forma (Edunisc, 2009), de cuja organização participei.

No caso do El fin de los medios masivos, o título é, antes, uma ironia, quase uma provocação, que uma afirmação, mas isso, penso, não é o mais importante.

Importa observar que a obra organizada por Mario Carlón e Carlos Scolari vem a se somar com os esforços que pesquisadores como nós estão realizando para compreender as metamorfoses que estão em andamento, sejamos jornalistas ou não.

5 de mar. de 2010

A primeira página

Billy Wilder é bom, muito bom; em especial quando o assunto é tirar um sarro do jornalismo.
É o caso de A primeira página, que tem Jack Lemmon e Susan Sarandon no elenco, para ficarmos em dois.

Lembra aquele período do jornalismo quando as tiragens começaram a aumentar de forma violenta e era preciso vender, a qualquer custo, os jornais?

É desse tempo o enredo, e pra lá de divertido.

O filme vale também, se mudarmos um pouco o foco, do ponto de vista de algumas rotinas que ficaram para trás.

Neste sentido, os primeiros momentos, quando as páginas são montadas letra a letra com linotipos em uma gráfica onde as bobinas são encaixadas manualmente, são impagáveis.

Assistam ao filme.

Vale a pena, nem que seja pela diversão.

A ficha técnica (e-pipoca):

Título original: The Front Page, EUA, 1974.
Gênero: Comédia
Duração: 105 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Produtora(s): Universal Pictures
Diretor(es): Billy Wilder
Roteirista(s): Ben Hecht, Charles MacArthur, Billy Wilder, I.A.L. Diamond
Elenco: Jack Lemmon, Walter Matthau, Susan Sarandon, Vincent Gardenia, David Wayne, Allen Garfield, Austin Pendleton, Charles Durning, Herbert Edelman, Martin Gabel, Harold Gould, Cliff Osmond, Dick O'Neill, Jon Korkes, Lou Frizzell.

Cresce conceito da Estudos em Jornalismo

Repico, por relevante, post do Monitorando, sobre a nova classificação da revista Estudos em Jornalismo e Mídia junto à Capes:

"A Capes revisou no mês passado a classificação dos periódicos científicos brasileiros. Nesta semana, tornou disponível no seu sistema Qualis a consulta às revistas impressas e eletrônicas, agora com novos conceitos.

A revista Estudos em Jornalismo e Mídia, do Mestrado em Jornalismo da UFSC, passou de B5 a B3, o que já era esperado por sua comissão editorial. Com isso, o periódico ganha mais visibilidade e respeitabilidade junto à comunidade científica. Como editor há pouco mais de seis meses, fiquei bastante contente. Por isso, lembro que estamos com chamadas abertas para os números deste ano".

Em tempo: as chamadas para os números 1 e 2 da Estudos em Jornalismo e Mídia, volume 7, estão abertas.

Encontro na UFSM ficou para sexta

A quem interessar possa: o encontro com o pessoal que está chegando ao curso de Jornalismo da UFSM, inicialmente previsto para esta segunda, dia 8, foi transferido para sexta-feira, 12, às 10 horas.

Assim que tiver o local exato do evento completo esta.

Inscrições ao pós em Edição até dia 14/03

As inscrições para o curso de pós-graduação Edição em Jornalismo, oferecido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), encerram-se dia 14 de março.

Podem se inscrever jornalistas graduados ou que estejam concluindo seus cursos neste primeiro semestre de 2010. Já as aulas se iniciam dia 9 de abril e têm duração de três semestres, em um total de 360 horas/aula.

O que se pretende, com o pós Edição em Jornalismo, é oferecer aos alunos a compreensão teórico-conceitual do que representa a edição; em especial no que a função tem de viabilizadora do processo jornalístico como um todo.

“O curso se torna mais relevante à medida que, hoje, os profissionais são convocados cada vez mais cedo para exercer a função de editor, o que exige formação específica na função”, salienta Demétrio de Azeredo Soster, coordenador acadêmico do pós.

As disciplinas serão divididas em seis módulos, com aulas ministradas por profissionais de reconhecida competência acadêmica e profissional.

O conteúdo engloba jornalismo impresso (jornais, revistas e design de capas, principalmente), digital (webjornais, blogs, microblogs, infográficos), assessoria de imprensa; jornalismo popular; rádio; imagens (telejornalismo, fotojornalismo, documentários e especiais para a televisão), aspectos organizacionais (planejamento estratégico, aspectos jurídicos administrativos e éticos) e seminários temáticos.

Os encontros, quinzenais, serão realizados no câmpus Santa Cruz da Unisc sempre à sextas-feiras, das 19h15min às 22h15, e aos sábados, das 8 às 12 horas e das 13 às 16 horas.

Maiores informações pela na página do pós ou por meio do twitter, pela http://twitter.com/posedicao.

Ou, ainda, pelo telefone (51) 3717.7300.

Salvador, o martírio de um povo

À exceção do nome que lhe deram por estes lados, eis aqui um bom filmes sobre fotojornalismo e cobertura de guerra, dessa vez pelas mãos de Oliver Stone.

O enredo é o seguinte: um jornalista (James Woods) em estado acelerado de decadência se dá conta que a) precisa de grana e b) há (mais) uma guerra na América Central, pertinho, portanto, de casa.

Como o filme do sujeito já está queimado desde há muito, ele acaba se lançando à cobertura na companhia de um amigo (James Belushi), sem dinheiro no bolso e sem muita noção do que estaria por acontecer.

O filme vale a pena, penso, porque trabalha algumas questões éticas bem interessantes quando o assunto é fotojornalismo (tipo: para que/a quem serve a foto que estou "tirando"?), o mesmo em relação aos riscos que tomamos nesse tipo de cobertura.

Assistam o filme, tirem suas próprias conclusões.

Comprei o meu no DVD World.

A ficha técnica, by Eu adoro cinema:

Título original:
Salvador
Gênero: Drama
Duração: 2 horas
Ano de lançamento: 1986
Estúdio: Hemdale Film Corporation
Distribuidora: Oliver Stone
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone e Rick Boyle
Produção:
Gerald Green e Oliver Stone
Música: Georges Delerue
Fotografia: Robert Richardson
Figurino: Kathryn Morrison
Edição: Claire Simpson

4 de mar. de 2010

Ainda sobre o diploma

Está na página 24 do Correio do Povo de hoje.

Jornalismo, conhecimento e objetividade

O conhecimento, ou melhor, a busca pelo, é muito semelhante ao trabalho, digamos, de um garimpeiro, com o perdão do lugar-comum: exige esforço e dedicação, mas, sobretudo, possui a capacidade de nos surprender aqui e ali com achados tão raro quanto preciosos.

É o que ocorre, por exemplo, com os títulos da coleção Jornalismo a rigor, da Editora Insular, ,já comentados nestas dicas de leitura: representam, individualmente e em seu conjunto, contribuições muito importantes, por relevantes, para compreendermos o jornalismo e suas formas.

É o caso do volume 4 da coleção, intitulado Jornalismo, conhecimento e objetividade: além do espelho e das construções (Insular, 2009), de Liriam Sponholz.

Mais que um livro escrito a partir de uma tese defendida em Leipzig, onde tudo se iniciou, trata-se de uma demonstração clara do vigor que a pesquisa em jornalismo alcançou.

Vigor e originalidade, diga-se: o que está posto, aqui, é a tentativa de se compreender a objetividade jornalística não como algo menos legítimo, como sugerem nove entre dez pesquisadores, mas como uma diferença que estabelece diferença.

Ou seja, como algo possível, ainda que, como a própria autora admite ao seu final, com poucas chances de ocorrer no cenário em que nos encontramos.

Eu leria se fosse você.

3 de mar. de 2010

FNPJ convoca seus associados

O presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Luiz Spenthof, está convocando todos os associados em dia com suas obrigações a participarem da Assembléia-Geral Ordinária da entidade.

O evento se realiza no Auditório G1 da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em Recife (PE), como parte da programação do 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo (13º ENPJ).

Na ordem do dia, entre outros, eleição para renovação da diretoria da entidade; reforma dos Estatutos Sociais do FNPJ e posse da Nova Diretoria do FNPJ.

2 de mar. de 2010

Eduardo e Mônica em traços animados

Olha que gracinha esta animação de Leonardo Amaral em cima do clássico Eduardo e Mônica, by Legião Urbana.

O cara é fera.

Confere mais sobre ele no blog Peixeaquático.

1 de mar. de 2010

Uma tarde digna de nota

Sempre tive cá com meus botões que é muito importante que nós, jornalistas, tomemos o cuidado de, sempre que possível, contribuirmos para a formação dos que estão chegando às salas de aula ou ao mercado.

Basicamente porque acredito que também é dessa forma que ajudamos, por meio de nossa experiência e reflexões, a solidificar o jornalismo como campo de conhecimento.

Este é, aliás, o motivo por que eu, lá pelas tantas, e depois de ter trabalhado em uma meia dúzia de lugares, resolvi não apenas estudar para ser professor, mas registrar, sempre que possível, o que foi feito e refletido ao longo dos anos.

Se digo isso; se saliento, ainda que de forma implícita, as aulas; os títulos adquiridos; os jornais e revistas-laboratório construídos juntos dos tantos alunos; os livros organizados e por organizar; as pesquisas realizadas e em andamento; os artigos escritos e os cargos assumidos; é, antes, como disse uma vez o poeta Thiago de Mello, por auto-estima que vanglória.

Ou seja, porque acredito que seja muito importante que nós, jornalistas formados ou em processo de formação, possamos aprender também a partir do caminho dos que ensinam ou que, como nós, estão aprendendo.

E para isso, como disse, é preciso reconhecer o que se fez e o que está por ser feito; é necessário compartilhar o conhecimento.

Todo esse trololó é para dizer que estou muito feliz porque na próxima segunda-feira, às 14 horas do dia 8 de março, falarei aos alunos que estão chegando ao curso de jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) sobre um pouco do que temos feito em sala de aula ao longo desses anos.

Experiência essa que, a exemplo do que ocorreu comigo na graduação, mais do que ouvir dizer de realizações, representa principalmente uma rara possibilidade de aprendermos mais.

O encontro será na sala 5005, prédio 21, do Câmpus da UFSM.

Também nesse dia estará por lá meu amigo José Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, falando sobre o jornalismo em seu aspecto sindical.

Uma tarde digna de nota, enfim.

Prorrogadas inscrições ao FNPJ

Repasso, por relevante, e-mail de Paulo Roberto Botão, diretor editorial e de comunicação do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo
(FNPJ):

"As inscrições de trabalhos para apresentação no IX Ciclo de Pesquisa em Ensino de Jornalismo foram prorrogadas até o dia 20 de março. O evento integra o 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, que acontece de 21 a 23 de abril em Recife (PE), na Universidade Católica de Pernambuco, e é promovido pelo FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo).

O encontro recebe trabalhos nos formatos de comunicação científica, relatos e pôsteres, em seis grupos de pesquisa: atividades de extensão; ensino de ética e teoria do jornalismo; pesquisa na graduação, produção laboratorial – eletrônicos; produção laboratorial – impressos e projetos pedagógicos e metodologias de ensino. O envio de trabalhos deve ser feito por e-mail, diretamente aos coordenadores dos grupos de pesquisa. As normas de inscrição e endereços para envio podem ser encontradas no site do evento.

O 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo terá como tema O Ensino do jornalismo: novas diretrizes e novos cenários jurídicos, profissionais tecnológicos e econômicos. Além do ciclo de pesquisa, o evento também inclui as seguintes atividades: pré-Fórum da Fenaj, Colóquio da Andi, 4º Encontro Nacional de Coordenadores de Curso de Jornalismo e o Colóquio Ibero-Americano de Jornalismo.

Mais informações sobre a programação também podem ser encontradas no site do FNPJ".