20 de nov. de 2007

106 jornalistas assassinados em 2007

Deu no Comunique-se: "Segundo relatório apresentado na segunda-feira (19/11) pela Associação Mundial de Jornais (WAN), 106 jornalistas foram assassinados no mundo desde o início de 2007. Quarenta e cinco deles morreram no Iraque, país considerado mais perigoso para o exercício do jornalismo. Os dados chegam perto dos 110 registrados no ano passado, considerados um recorde.
O levantamento feito pela WAN tem números registrados entre junho e novembro. Nesse período, 16 profissionais morreram no Iraque. Se considerarmos as mortes desde 2003, quando as tropas norte-americanas invadiram o país, o número chega a 150.
Para tentar mudar o quadro, jornalistas iraquianos fundaram o Grupo para a Segurança da Mídia Iraquiana (IMSG), iniciativa elogiada pela associação".
Ruim. Muito ruim.

19 de nov. de 2007

Sobre o 5º encontro da SBPJor

O quinto encontro anual da Sociedade Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo (5º SBPJor), que se encerrou neste final de semana, em Aracaju - Sergipe, demonstra a maturidade em que se encontra o atual estágio da pesquisa acadêmica em jornalismo no Brasil. As mesas - coordenadas e individuais - foram muito proveitosas, em todos os sentido. Chamo atenção para as discussões envolvendo "novas" tecnologias, permeadas de olhares novos e produção idem. Com isso, ganha o jornalismo como um todo. Também tivemos troca de presidente: sai Elias Machado; entra Carlos Franciscato. Competência sucedida por competência. O único porém foi a qualidade do serviço aéreo brasileiro, agravado pela quebra da BRA, que custou duas passagens-extras: os horários até que funcionaram a contento. Mas barrinhas de cereal e amendoins, em meio a bancos extramamente apertados (tenho quase dois metros...), não é exatamente o que se espera de uma passagem que custa seus R$ 800,00; R$ 900,00... A (boa) surpresa ficou por conta da Webjet: mesmo pequena, se comparada com GOL e TAM, apanhaou-nos no horário e cumpriu o trajeto a contento, com lanches igualmente modestos em quantidade, mas criativos em qualidade. Fica a dica.

12 de nov. de 2007

Momento Feira do Livro

A foto registra a seção de autógrafos do livro que eu, Fabiana Piccinin e Ângela Fellippi lançamos este ano - Metamorfoses jornalísticas: formas, processos e sistemas (Edunisc, 2007) -, por ocasião da 53ª Feira do Livro de Porto Alegre, sábado, 11. O texto procura discutir as transformações a que vêm sendo submetido o jornalismo nestes dias que se seguem, em especial a partir do momento em que a internet passou a amalgamar o aparato midiático-comunicacional. Na foto, eu "me puxando" no autógrafo e a Fabiana. Foi um momento muito bacana, e eu agradeço a todos os que puderam estar por lá. Em tempo: a foto é de Verônica Sallet Soster, fotógrafa e filha.

11 de nov. de 2007

Participativos, mas nem tanto

Sugiro a todos a leitura da coluna de Mário Magalhães, ombudsman da Folha de São Paulo, deste domingo, 11 de novembro. Basicamente porque coloca o dedo em uma ferida antiga, mas que parecia ter se curado nestes dias de complexificações, em especial no que toca à interatividade entre leitores e jornais impressos. Pois bem, levantamento da coluna sugere que a seção Painel do Leitor, por onde os mortais dialogam publicamente com a folha, é ocupada hegemonicamente por cidadãos com algum gabarito. Diz o texto: “É o que constata levantamento que fiz com meu assistente Carlos Murga sobre o trimestre concluído mês passado. No "PL" de agosto, 19% foram ocupados por quem foi objeto de notícias e 8% por quem se sentiu atingido por opinião (em colunas, artigos, editoriais e no próprio "Painel do Leitor"). No total, 27%”. Ou seja, o Zé, aquele carinha que, segundo a própria Folha (e seu Manual de Redação), faz parte daqueles que, em última instância, sustentam o jornal, normalmente não tem espaço. Vamos combinar: isso não chega a ser novidade para ninguém, em especial para quem está nas redações. Mas ganha especial relevância porque empresta dados a uma discussão que está se iniciando (a complexificação dos papéis secularmente estabelecidos em jornalismo) e que, a julgar pela evidências, ainda vai render muito.

10 de nov. de 2007

Norman Mailer está morto

Tudo bem: ninguém vive para sempre. Mas também é verdade que algumas mortes a gente sente mais. É o caso da de Norman Mailer, morto hoje, aos 84 anos. Complicações ligadas a problemas renais, nos informam. Estava internado no Hospital Monte Sinai, em Nova York, desde outubro. Mas por que sentir tanto? Basicamente pelo trabalho que ele desenvolveu em algum lugar entre o jornalismo e a ficção por meio de livros como "O Fantasma e a Prostituta", sobre a agência CIA; e "Exércitos da Noite", pelo qual recebeu o prêmio Pulitzer, dentro daquela perspectiva do news journalism. Estilo, aliás, que de novo tinha o fato de os norte-americanos saberem se vender como ninguém. Joel Silveira que o diga. Mas o fato é que o cara está morto. Deixa a vida, segue na história.