13 de mai. de 2012

O espetáculo mais triste da Terra

São necessários alguns adjetivos para dar conta do que o jornalista Mauro Ventura cometeu quando escreveu este seu O espetáculo mais triste da terra: o incêndio do Gran Circo Norte-americano (Cia das Letras, 2011).

Comecemos por estarrecedor.

O livro estarrece à medida que cada uma das 352 páginas remetem ao que aconteceu no dia 17 de dezembro de 1961, quando 503 (número oficial) pessoas, de um total de 3 mil expectadores - crianças, mulheres e homens; em sua maioria famílias - morreram vítimas de um incêndio, sabe-se lá se criminoso ou não, haja vista que até hoje nada foi comprovado, apesar das suspeitas e prisões de praxe, com o que chegamos ao segundo adjetivo: surpreendente.

Observou que este incêndio ocorreu em um circo, onde, ao menos em tese, as pessoas se dirigem para se divertir e não morrer? E, pois.


O espetáculo (...) estarrece à medida que relata, a partir do incêndio, tanto a falta de estrutura de uma Niterói da década de 60 - onde faltava tudo para dar conta de tragédias dessa natureza, desde curativos, passando por ambulâncias e leitos de hospitais - como a chocante, por boa, onda de solidariedade que se alastrou não apenas pelo município, mas pelo País, e, mais tarde, pelo mundo.

(Até o Papa andou rezando missa por aqueles dias e mandou um cheque do Vaticano para ajudar os feridos.)

O curioso fica por conta do que emerge das 150 entrevistas feitas para dar conta do livro, bem como do que vem à tona por meio da minuciosa revisão bibliográfica - em sua maioria de jornais da época: o surgimento do "profeta"  Gentileza; a emergência de nomes mais tarde famosos, caso de Ivo Pitanguy; o choro de João Goulart quando de sua visita às vítimas do desastre, e por aí afora.

Dá para leu um trecho do livro em PDF por aqui.

Custa R$ 46 pilas e vale a pena.

Sobre Mauro Ventura, estamos falando de um repórter especial do Segundo Caderno de O Globo e que assina a coluna Dois Cafés e a Conta, na Revista O Globo. Em 2008, recebeu o prêmio Esso e o prêmio Embratel pela reportagem “Tribunal do tráfico”.

4 de mai. de 2012

SBPJor lança nova marca

A Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo (SBPJor) lançou  a marca do 10º. Encontro de Pesquisadores em Jornalismo/II Encontro de Jovens Pesquisadores, que serão realizados na Curitiba, na PUCPR, em novembro de 2012. Desenvolvida pela designer Haydée Silva Guibor, mestre em Artes Visuais e professora da Universidade Tuiuti do Paraná, a marca foi elaborada a partir da ideia dos suportes midiáticos do jornalismo na atualidade.


Neste ano, o evento promovido pela SBPjor contará com a parceria de três universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), organizadora local do evento e das Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Coube à UTP, na fase inicial da organização do 10º. Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo/II Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo, o desenvolvimento da marca.

Para a presidente da SBPJor, Dione Moura, é relevante que a marca dos eventos seja elaborada por uma das universidades parceiras e abra o processo de mobilização da comunidade de pesquisadores em jornalismo para comparecerem a Curitiba em novembro próximo.

Segundo Haydée Silva Guibor, que trabalha há 11 anos na Coordenadoria de Editoração Científica da UTP, a marca também apresenta uma configuração gráfica composta de elementos indicativos das páginas impressas do jornal e do pixel que apresenta a informação jornalística no sistema eletrônico. “As cores verde e preta representam a linguagem plural e informativa dos jornais”, destaca Guibor. O verde da natureza representa a possibilidade de renovação e conhecimento de mundo que as notícias produzem. O preto representa o pixel, o componente matérico da cor luz, afirmando a existência e relevância da informação.

O nome da marca foi desenhado a partir de duas famílias tipográficas robustas, modernas, estilizando a tipografia do jornal,o que pode ser visto também como uma associação às origens do campo do jornalismo.