De uma forma geral, gostei das novas mudanças de O Estado de S.Paulo, já comentadas neste blog.
A nova tipografia, a barra de destaques da capa, as colunas mais arejadas, a valorização das fotos e o maior destaque para os articulistas sem dúvida alguma ajudarão em muito a leitura do stander, ainda que, aqui e ali, note-se vacilos difíceis de compreender.
Refiro-me, por exemplo, ao fato de, na edição deste domingo, pelo menos três matérias de abertura se iniciarem, literalmente, no esquema linha de apoio, título e foto, para somente então chegarmos à matéria propriamente dita.
Isso ocorre, por exemplo, na página A4 - Nacional, e em outros momentos da edição referida.
Significa que você, leitor, terá duas opções:
a) entrará diretamente na foto e, dela, no texto, voltando, se quiser, ao título e à linha de apoio;
b) entrará pelo título, subirá à linha de apoio (está em cima do título), dará um salto mortal, sempre perigoso, sempre arriscado, em direção ao texto, e, somente então,voltará para a foto, legenda, créditos etc.
Penso que, neste caso, o mais prudente seria abrir a página com a foto; abaixo dela, linha de apoio, título, textos etc, como, aliás, é feito em outros momentos da edição (p. C-6).
Tirando isso, e considerando-se, na análise, os cadernos, ficou muito bom, ainda que nada sugira uma inovação radical.
Outra surpresa agradável, pelo menos em se tratando de O Estado de S. Paulo, foi encontrar, na edição, não uma, mas pelo menos três reportagens de fôlego (Pesca irregular na Amazônia, p. A-20; reportagem especial sobre o PAC do Campo, p.A-12 e uma de comportamento intitulada "Um mundo chamado metrô", na C-6, Cidades/Metrópole, esta diagramada de forma correta, ou seja, foto, título, linha de apoio etc.)
Um vídeo no site do Estadão explica com mais propriedade as mudanças. Por aqui.
Falando em site, confesso que gostei mais das mudanças neste que na versão impressa.
Mais que fazer o que, a essa altura do campeonato, imagine-se que todos devam fazer, ou seja, pensar em termos de convergência quando o assunto é jornalismo em internet, a leitura está mais organizada, mais clara, sem aquela exuberância (na verdade, poluição) de informações que usualmente caracterizam as faces digitais dos jornais.
Falarei sobre este aspecto em outro momento.
Por ora, vejam com com seus próprios olhos como ficou.
14 de mar. de 2010
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