4 de mar. de 2010

Jornalismo, conhecimento e objetividade

O conhecimento, ou melhor, a busca pelo, é muito semelhante ao trabalho, digamos, de um garimpeiro, com o perdão do lugar-comum: exige esforço e dedicação, mas, sobretudo, possui a capacidade de nos surprender aqui e ali com achados tão raro quanto preciosos.

É o que ocorre, por exemplo, com os títulos da coleção Jornalismo a rigor, da Editora Insular, ,já comentados nestas dicas de leitura: representam, individualmente e em seu conjunto, contribuições muito importantes, por relevantes, para compreendermos o jornalismo e suas formas.

É o caso do volume 4 da coleção, intitulado Jornalismo, conhecimento e objetividade: além do espelho e das construções (Insular, 2009), de Liriam Sponholz.

Mais que um livro escrito a partir de uma tese defendida em Leipzig, onde tudo se iniciou, trata-se de uma demonstração clara do vigor que a pesquisa em jornalismo alcançou.

Vigor e originalidade, diga-se: o que está posto, aqui, é a tentativa de se compreender a objetividade jornalística não como algo menos legítimo, como sugerem nove entre dez pesquisadores, mas como uma diferença que estabelece diferença.

Ou seja, como algo possível, ainda que, como a própria autora admite ao seu final, com poucas chances de ocorrer no cenário em que nos encontramos.

Eu leria se fosse você.