7 de ago. de 2009
Uma bala para vladimir
você tem razão
quando diz, vladimir,
que nesta vida
morrer não é difícil;
difícil é a vida
e seu ofício.
eu, o poeta dos versos vazios,
o asceta das palavras fáceis
e dos gestos sem brio,
penso que tudo soa sempre
como uma brincadeira
em que eu e tu, feito crianças,
somos o castelo e a areia.
não há mais tempo para os cafés,
para a vódica no refrigerador,
para a bagana jogada no chão,
para o beijo, para o rancor.
estamos mortos, vladimir.
permita que eu pegue em sua mão.
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3 comentários:
Vlad, viva brincando e morra assim também.
Detalhe: e eu nem fazia ideia de que Maiakóvski tinha esta lata rude e braba.
Olha o cara...
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