Para quem se interessa por categorias e gêneros jornalísticos, a leitura de Sotaques D'aquém e D'além Mar: travessias para uma nova teoria de gêneros jornalísticos é necessária.
Não tanto pelo que acresce à discussão a partir do que já havia proposto por José Marques de Melo e seu A opinião no jornalismo brasileiro (Vozes, 1985), mas pelo que problematiza.
Chaparro sugere que o paradigma opinião/informação não é suficiente para explicar a narrativa jornalística
Prefere, antes, as categorias discursivas relato e argumentação, a partir do pressuposto que a opinião e a informação são antes complementares que excludentes quando o assunto é jornalismo.
Apesar dos exageros - tipo: chamar de "fraude teórica" a classificação anglo-saxã arcada no binômio opinião x informação, desconsiderando, assim, sua importância conceitual - é um livro importante.
Principalmente porque realiza uma análise comparada entre o jornalismo brasileiro e o português a partir de uma ampla pesquisa envolvendo alguns dos principais jornais dos dois países.
Há ciência, portanto, apesar dos exageros.
17 de fev. de 2010
Sotaques d'aquém e d'além mar
Postado por
Demétrio de Azeredo Soster
às
11:42
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