6 de fev. de 2009

Introdução às teorias da cibercultura

O fato de eu ter concluído meu doutorado, cês sabem, não significa que se encerrou o trabalho. Pelo contrário: a parte boa começa agora. Considero a titulação uma espécie de momento inicial de pesquisa, evidentemente mais avançado que o mestrado, porque em nível de doutorado, e desta vez livre de constrangimentos tais como prazos a serem cumpridos e pagamentos exorbitantes de mensalidades (estou entre os que pagaram - e caro, R$ 1,2 mil ao mês - seu curso, o que exigiu, entre outros, que eu trabalhasse em três empregos), para ficarmos em dois.
Neste sentido, acabo de ler o Introdução às teorias da Cibercultura, de Francisco Rüdiger (Sulina, 2004). A leitura está inserida em um projeto cujo conteúdo eu adiantarei assim que estiver mais formatado. Bueno, por hora posso dizer que se trata de um livro essencial para que quiser compreender um pouco mais o que significa cibercultura, em especial no que a compreensão têm de revisão bibliográfica. Digo essencial porque o autor consegue se desvincilhar dos determinismos e avançar no sentido de entender o fenômeno da cibercultura como de natureza cultural, portanto complexo. Penso que Rüdiger peca, no entanto, à medida que observa a cibercultura em si, ou seja, não propõe cruzamentos com teorias coevas a ela, ainda que o faça com as que lhe deram origem. Refiro-me à midiatização, por exemplo, ou a instauração de uma nova ambiência a partir de uma profunda imersão tecnológica da sociedade.
Em tempo: "A cibercultura, vale lembrar, não é uma coisa, uma emanação da máquina, nem a totalidade dos conteúdos agenciada pelos maquinismos informacionais de vanguarda. O entendimento esclarecido da coisa se encontra quando a vemos como uma realação entre nossa capacidade criadora e sua materialização tecnológica em operações e maquinismos. A cibercutura é o movimento histórico, a conexão dialética, entre o sujeito humano e suas expressões tecnológicas, através da qual transformamos o mundo, e, assim, nosso próprio modo de ser interior e em dada direção (cibernética)". (RÜDIGER, 2004, p. 71).

1 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Demétrio Soster, me chamo Rafael Reinehr e sou fundador do portal e rede de blogs O Pensador Selvagem (opensadorselvagem.org) e, analisando seu trabalho, percebemos que tens muito a acrescentar ao nosso projeto.

Gostaria de saber se tens interesse e disponibilidade para participar como colunista do site e, mais, nos ajudando a construir uma comunidade cada vez melhor debatendo com quem faz a rede em nossa lista de discussão.

Aguardo seu contato através do contato arroba opensadorselvagem ponto org

Abraço fraterno.