O jornalismo brasileiro sofreu duas baixas consideráveis neste final de semana. Melhor dizendo, na sexta-feira. As passagens: Fernando Barbosa Lima e Fausto Wolff. Fausto Wolff, na verdade o pseudônimo de Faustin von Wolffenbüttel, nasceu em Santo Ângelo, em 1940. Marcou época como um dos editores do O Pasquim, no Rio de Janeiro. Escreveu vários livros, entre estes À mão esquerda, e foi professor no exterior, além de ter trabalhado em grandes jornais brasileiros. Morreu com 68 anos, de insuficiência respiratória aguda.
Já Fernando Barbosa Lima, 74 anos, morreu de falência múltipla dos órgãos. Produziu, nos anos 60, programas que marcaram época, como Jornal de Vanguarda, Preto no Branco e Sem Censura, entre outros. Nos anos 80, ainda sob o domínio da ditadura militar, ele criou e produziu o programa Abertura, no qual apresentava temas e personalidades colocados no index do regime, como o cineasta Gláuber Rocha, que mostrava um personagem popular que atendia pelo nome de Brizola, então um dos políticos mais perseguidos. Era filho de Barbosa Lima Sobrinho.
É bem verdade que não há dia que não chegue, mas, às vezes, quando chegam, os dias são chatos.
7 de set. de 2008
Fausto Wolf e Fernando Barbosa Lima estão mortos
Postado por
Demétrio de Azeredo Soster
às
08:29
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2 comentários:
Não li em nenhum jornal nada sobre o sepultamento de Fausto Wolf. Como a imprensa faz uma coisa dessas com um grande brasileiro como êle? Sou sua leitora desde ¨O Pasquim ¨e fiquei triste e perplexa com essa falta de respeito. Que pena! Ericina Reis
Infelizmente, o sepultamento de Wolf foi realmente ignorado pela imprensa. Aqui no Rio, apenas o JB cobriu o fato. E isso porque ele era colunista - impecável colunista - do jornal.
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