Reproduzo abaixo trecho da matéria da FSP, versão on-line, de Marco Aurélio Canônico e veiculada a 30 de julho do corrente. Sobre o historiador britânico Andrew Keen, para quem a internet está matando a cultura, tese que defende no livro "The Cult of the Amateur: How Today's Internet Is Killing Our Culture". Não gostei do tom apocalípitico (da matéria, principalmente), afinal tudo é transição - culturas nascem, crescem e mudam, em especial no jornalismo - mas é preciso ler o livro antes de qualquer comentário mais contundente. O trecho em questão:
"George Orwell não entendeu o futuro. Em seu clássico "1984", o escritor temia pelo desaparecimento do direito à expressão individual, mas, no atual mundo da internet, o verdadeiro horror é justamente o oposto: a abundância de autores e de opiniões. O raciocínio é do historiador britânico Andrew Keen, 46, ex-professor das universidades de Massachusetts e Berkeley (EUA) e um dos pioneiros do Vale do Silício, que na primeira onda da internet fundou o site de música Audiocafe.com. Keen tornou-se um dos líderes da crítica à internet graças a seu livro "The Cult of the Amateur: How Today's Internet Is Killing Our Culture" (o culto ao amador: como a internet de hoje está matando nossa cultura), recém-lançado no exterior e ainda sem edição no Brasil. Sua cruzada não é contra a tecnologia em si, mas contra a revolução da segunda geração da internet, a web 2.0, baseada na interatividade e no conteúdo gerado pelos usuários, cujos marcos são os blogs e sites como o YouTube e a Wikipedia -que, segundo Keen, estão gerando "menos cultura, menos notícias confiáveis e um caos de informações inúteis".
30 de jul. de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário