25 de abr. de 2009
Lobão e a midiatização
Deixando de lado a verborragia desvairada do Lobão, que outro dia esteve palestrando na Unisc, onde também leciono, um trecho de sua fala chamou atenção em particular, por relevante. Lá pelas tantas, o sujeito disse que, apesar de ter sido o primeiro músico brasileiro a disponibilizar uma música sua gratuitamente pela web (no final da década de 90; registrou, segundo ele, 350 mil dowloads)- e de entender, portanto, a web como um importante canal de comunicação - deixou claro, lá pelas tantas, que isso não basta. É preciso estar na tevê (usou o exemplo do Faustão, creio), no rádio, nas revistas (citou a Rolling Stone) para "acontecer". Traduzindo, e puxando o assado para meu braseiro: mais que circular, é preciso estar referendado pelos dispositivos midiáticos. Isso para que haja, aí sim, mais possibilidade de a informação ser transmitida de um lugar a outro (a interpretação é minha). Ou seja, é preciso estar no sistema midiático-comunicacional para, a partir dele, existir na sociedade, haja vista que não podemos pensar em um sem outro. A internet é parte fundamental deste processo, à medida que permite aos fluxos de informação terem lugar, emprestando aos dispositivos o papel de nós e conexões do sistema. É mais ou menos nesta direção que caminha minha tese. A foto é de Márcia Melz, amiga e aluna, por ocasião da coletiva que antecedeu a palestra, na quinta passada.
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1 comentários:
Brixius cameraman! Enfim, uma coisa puxa a outra - mesmo. Não teria observado outra interpretação. Mas como Lobão, logo ele, pode admitir um sistema viciado? Detalhe: a revista Rolling Stones brazuca é algo imperdível. Profissionalismo total, grandes reportagens com temáticas variadas.
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