18 de jul. de 2008
Cheiro de literatura
Sujeito diferente este tuga moçambicano dito Mia Couto. Lá pelas tantas, no A Varanda do Frangipani (Cia das Letras, 2007) diz ele: "Sou o morto. Se eu tivesse cruz ou mármore neles estaria escrito: Ermelindo Mucanga. Mas eu faleci junto com meu nome faz quase duas décadas. Durante anos fui um vivo de patente, gente de autorizada raça. Se vivi com direiteza, desglorifiquei-me foi no nascimento. Me faltou cerimônia e tradição quando me enterraram"; Morrer junto do nome; estar ausente de cerimônia e tradição em sua morte. O dia amanhece quente e há cheiro de literatura no ar. E Pedro nascerá a qualquer momento.
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Demétrio de Azeredo Soster
às
07:26
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