23 de mai. de 2010

Sobre a reforma da Folha de S.Paulo

Não falarei ainda de forma mais incisiva do novo projeto gráfico-editorial e de rede da Folha de S.Paulo, que estreou neste domingo: é preciso degustar um pouco mais, ainda; saborear as novidades por mais tempo.

Mas adianto algumas impressões, partindo do pressuposto que, de uma forma geral, gostei:

1 a nova tipologia (fontes mais fortes para notícias; mais leves para análise e opinião etc.) parece ter funcionado mais em termos de miolo e cadernos que na capa, onde logo e manchete se destacam de forma, a meus olhos, incisiva demais. Mas gostei da valorização das reportagens especiais a partir da capa.


2 A diagramação organizada por módulos ficou boa demais. Emprestou leveza ao miolo e cadernos como um todo.


3 A aposta na opinião (29 novos colunistas) e na análise, na repaginação de editorias (Brasil se torna Poder, por exemplo; Mais! vira Ilustríssima; Informática, TEC); caderno Esportes em formato tablóide e interpretação como estratégia de identidade é mais que acertada: fortalece a identidade do jornal. (Fica a pergunta: a idéia é sair dos 300 mil exemplares/dia, ou fidelizar esta parcela?)

4 A versão on-line se chama, agora, Folha.com; possui 30% a mais de espaço editorial, aposta na interatividade e investe em vídeo, foto e áudio. As redes sociais (via twitter: @folhaonline; facebook: www.facebook.com/folhadesp etc.) também ganham relevência


Assim que tiver estudado melhor, volta a escrever sobre esse assunto.

2 comentários:

Guilherme Póvoas disse...

É! Até aí tudo bem. Mas o que ficou claro é a aposta - mais uma vez - naquela velha história dos textos sintéticos no jornalismo. A Folha imprimiu isso da forma mais vanguardista possível desta vez.

Demétrio de Azeredo Soster disse...

Pois, pois... Vamos esperar que, para além do sintético, eles tenham consistência.