Sugiro a todos a leitura da coluna de Mário Magalhães, ombudsman da Folha de São Paulo, deste domingo, 11 de novembro. Basicamente porque coloca o dedo em uma ferida antiga, mas que parecia ter se curado nestes dias de complexificações, em especial no que toca à interatividade entre leitores e jornais impressos. Pois bem, levantamento da coluna sugere que a seção Painel do Leitor, por onde os mortais dialogam publicamente com a folha, é ocupada hegemonicamente por cidadãos com algum gabarito. Diz o texto: “É o que constata levantamento que fiz com meu assistente Carlos Murga sobre o trimestre concluído mês passado. No "PL" de agosto, 19% foram ocupados por quem foi objeto de notícias e 8% por quem se sentiu atingido por opinião (em colunas, artigos, editoriais e no próprio "Painel do Leitor"). No total, 27%”. Ou seja, o Zé, aquele carinha que, segundo a própria Folha (e seu Manual de Redação), faz parte daqueles que, em última instância, sustentam o jornal, normalmente não tem espaço. Vamos combinar: isso não chega a ser novidade para ninguém, em especial para quem está nas redações. Mas ganha especial relevância porque empresta dados a uma discussão que está se iniciando (a complexificação dos papéis secularmente estabelecidos em jornalismo) e que, a julgar pela evidências, ainda vai render muito.
11 de nov. de 2007
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1 comentários:
Análise que se sustenta pelos fatos. E, de fato, para um jornal ter um obudusman, ele tem que se bancar muito. Quem iria gostar de ter sua própria merda jogada no ventilador?
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