Malhas que o império tece, diria Fernando Pessoa: eis que o ombudsman da Folha de São Paulo, Mário Magalhães, pediu para deixar o cargo. Motivo? A direção da Folha pediu que ele baixasse a bola: "A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. A reivindicação me foi apresentada há meses. Não concordei", disse Magalhães em sua última coluna, domingo, 6. O que isso significa? Muitas coisas, entre elas o óbvio. Mas deixemos as sentenças para os juízes. De minha parte, acho isso ruim, muito ruim, à medida que deixa a Folha - e todo o entorno jornalístico -, mais igual, com alguma ausência de cor.
Pra quem não sabe, segundo expediente da coluna, "Mário Magalhães é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2007. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação".
9 de abr. de 2008
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1 comentários:
Sempre banquei a idéia de que um jornal, para ter um ombudsman, tem que se bancar muito. E não que a Folha fizesse isso, mas tinha um profissional que é a pedra no sapato de qualquer redação, dentro da própria redação. Ele aponta os erros, não só os gramaticais, que são corriqueiros em qualquer jornal, mas os de conduta. Porém, agora, a Folha resolve dar pra trás. Ô família Frias, qual é? Poucos jornais podem se gabar de ter um ombudsman, a Folha era um - agora deve colocar um cordeirinho para fazer este trabalho.
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